É o mundo novo.
Janeiro 31, 2018
Ricardo Correia
É estranho esta geração de jovens, que tem como pano de fundo as redes sociais e o allways connected.
O ataque cibernético entre a mesma espécie. O publicar descaradamente sem bom senso nem respeito pelo próximo.
Se até aqui a guerra era feita entre militares fortemente armados para matar tudo e todos, agora são ataques psicológicos de uma raça internauta. E com um simples clique podem destruir tudo e todos à sua volta.
Entre o conflito armado e o psicológico, penso que este último deixa mais marcas na sociedade, do que alguém imagina.
São marcas presentes e futuras. São a insegurança, o medo e a falta de amor-próprio. As nossas crianças crescem rodeadas de falta de auto-estima e marcadas por traumas.
A geração rasca cresceu a saber lutar pelos seus valores e ideais, manifestavam-se nas ruas e faziam-se ouvir, e esta nova geração luta por quê?
O exagero, os desafios, o levar ao extremo certas situações que à partida nunca passaria pela cabeça de um ser racional, são despojadas na net sem escrúpulos só com o intuito de obter visualizações e likes.
É triste que uma ideia tão bem conseguida como a Internet, no fundo acabe como cenário negro de uma geração que cresceu a não saber destingir o certo do errado, e do tudo vale, para se exibirem ou tentarem catapultar para a fama seja de uma forma boa ou má.
Cada vez mais somos invadidos de noticias pelo mundo fora de jogos perigosos e ridículos que aparecem filmados por outros, que acham muito engraçado por em perigo a vida de outro ser humano. E o mais ridículo é que se partilha e partilha, sem se pensar. Agora chamado de memes. Chegamos ao esato doentio. É uma doença.
Uma coisa é alertar para os perigos outra é expor sem remorsos os atos praticados, por outros.
É o mundo em que vivemos.