Sentimentos Profundos
Outubro 27, 2017
Ricardo Correia
Não deixem o mundo ver-me,
Não deixem ninguém conhecer-me.
Sou “pessoaófobico” introvertido.
Gosto do sossego odeio agitação.
Dou valor a um sussurro,
A um suspiro, à solidão.
Para quê existir para o mundo?!
Quanto mais me ergo...
Maior é o fundo.
Em chamas iradas e famintas,
Ruidosas assassinas.
Consomem tudo e todos,
Labaredas divinas.
Do senil, do louco.
Eu? Louco! Achas que sim!
Não digo coisa com coisa.
Invoco um espírito social.
Lúcido. Paralisia mental.
Mas eis que me ergo. Do nada?!
Das catacumbas gélidas do meu solar.
E me entrego ao consumismo exorbitado.
Sei que posso gastar até me fartar,
Não sou louco! Enfadonho, sou normal...
Sou marado, desolado, incontrolado.
Nem sei porque me canso a escrever-te,
Tu não respondes mesmo...
Deixa-me fundir os aros dourados
Com a tua beleza feminina.
Olhos cor do céu,
Cabelo de Verão. Linda...
Então e agora?!
Divido um pouco de mim
Penetro a tua alma purificada.
Rebento a virgindade sagrada
Condenável e lacrada.
Espero um rebento,
Olhos cor de céu,
Cabelo de Verão. Lindo...