Aqui à dias os vidros do nosso carro começaram a chiar.  Mas a chiar bem alto! Num barulho agudo e estridente, uma coisa de arrepiar. O nosso carro é praticamente um clássico, visto que é do ano de 1997. Disseram-me que tem as borrachas gastas.   Deve ter sido naqueles dias em que esteve a esturrar no estacionamento enquanto os donos se divertiam na praia. Nós na água todos contentes e o desgraçado a fumegar. Então agora evito abrir os vidros do carro, vergonha? Nan!

Não vá naquele exato momento estar a passar uma velhinha perto do carro, e lhe espete um cagaço tremendo que a mate do coração. Já viram a mulher estendida no chão, com um ataque cardíaco devido aos guinchos estridentes do vidro do carro? Não cabe na cabeça de ninguém!

Era uma chatice e depois claro, vou dentro... por assassinato involuntário.

Prefiro assar dentro do carro que nem peru de natal no forno, a ter que correr o risco de matar alguém.

Ainda me lembrei de lhes por vaselina, escorregavam que era uma maravilha. O que poderia acontecer? Das duas uma, ou desciam a todo o gás penetrando a porta e nunca mais se viam, ou em vez de fazerem xiiiiiii começavam a fazer gemidos estranhos do tipo hãnnn hummm e assim do género.

Outra situação seria ficarem os vidros absuntados tipo películas naturais, mas em vez de serem fumadas daquelas que toda a gente agora usa para anti-cuscos, seriam amanteigadas e com isto ainda poupa 150 biscas no IMT da legalização das películas. .

O pior seria se fosse mandado parar pela policia, quando este se aproximasse do vidro e o fosse baixar, o ranhoso do vidro desatar a gemer hammm hummm uiiii, e aí em vez da multa de películas amanteigadas não regulamentadas, lixo-me por tentativa de assédio ao Sr. Agente e claro está, vou dentro...

Portanto pelo sim pelo não é melhor ir trocar as borrachas aos vidros do carro. Ainda não decidi é se vou à "carglass" se à "glassdrive".

De qualquer das maneiras ambas são "glass" pelo que devo ficar bem servido tanto no "car" como depois em "drive".