Está aberta a época balnear.
Janeiro 23, 2019
Ricardo Correia
Estava a ver que nunca mais vinha chuva! Felizmente com a chegada da chuva vem a abertura oficial da época balnear.
É caso para dizer que a malta já pode tomar banho outra vez. Afinal de contas ao preço a que estão as rendas das casas, não dá para tudo. Ou bem que se paga a renda ou se paga a água! As duas é que não dá...
Também as concessionários já podem contratar os nadadores-salvadores uma vez que com a chegada da chuva vem também aquelas ventanias e pequenas tempestades. Deste modo os nadadores-salvadores são bastante importantes para mandar chegar para trás aqueles bares e cafés da praia, que teimosamente insistem em estar estacionados no areal. E o mais curioso é que cada vez há mais chapéus de palha vazios e barracas ao abandono para alugar, que nascem na praia como erva daninha. E eu a pensar que a praia era do povo! Afinal não.
É não só. O desgraçado do nadador-salvador tem uma árdua tarefa, que consiste em mandar sair aqueles chicos espertos que decidem ir ver as ondas, precisamente naquele dia em que assim que se põe o pé fora do carro, levamos com um quilo de areia na tromba e andamos de rojo a tentar chegar ao paredão arrastados pelo vento. Só porque é giro ver ondas grandes!
Rapidamente também as cidades viram campos... e zona rural. Com lindos rios a nascerem alegremente onde dantes havia avenidas. Tomam conta das nossas estradas e rotundas. E em certas zonas, vê-se lindos lagos e charcos, onde teimosamente o ser humano insestia em deixar buracos no alcatrão.
Nesta altura toda a gente se apressa a vestir as gabardinas, e a trazer consigo o guarda-chuva. Este somente para quem não deseja lavar o cabelo, porque de resto, ninguém está isento de levar um banho projetado a jato lançado por um veículo mais apressado em que o condutor se julga a conduzir um "hovercraft".
As estradas, essas, ficam reluzentes cobertas de belos lençóis de seda de água. E algumas deixam um rasto de lama à passagem dos tratores e camiões. Enfim! Uma maravilha da natureza.
As poças de água passam a ser a animação mais entusiasmante da época, para a criançada que sente que tem que cumprir uma missão importante. Perde o jogo aquele que não saltitar em cada uma delas e espilrrar tudo e todos à sua volta, enquanto lançam aquelas gargalhadas divertidas. Quais pinipons ou playmobis? Enquanto houver poças, à vida.