Dono da praça
Fevereiro 10, 2018
Ricardo Correia
Delírios de uma mente sã,
Perturbações de névoa baça.
O florir de uma canção cristã
O entoar duma voz na praça.
O eco constante da liberdade
Estimulo o déspota, a loucura
Na manhã cinzenta, vaidade!
Nas ruas frias emana ternura.
Dá-me o teu ego solidão
Não me raptes do meu espaço.
Sou dono da praça e da ilusão
Fugaz sorriso, meio embaraço.
Um auto de vivência, inocência.
Uma lição popular nunca é escassa.
Solto um hino de fé e resistência,
Mas afinal, sou dono da praça.
Lato murmúrios entre dentes
De uma prosa, em mente sedutora.
E na hora que se avizinha,
Em adeus sigo a marcha redutora.
Esvoaço à praça um adeus murcho.
Cabisbaixo e sem vontade de partir.
Esta minha fiel companheira,
É o meu lar eterno a seguir.