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3 em Linha

-Blog familiar é só entrar com boa disposição- 😉

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Eu também consigo!

Março 30, 2019

Ricardo Correia

Hoje o dia começou animado. Toda a gente saiu da cama cedo, empurrados pelo sol que espreitava pela janela. As miúdas aprontaram-se numa correria em direção à sala para ocupar o lugar VIP em frente à televisão para ver os bonecos. Primeiro que haja consenso entre as duas leva uma eternidade.

Porque a Ema escolhe um canal e a Beatriz apreça-se a dizer "não gosto desses bonecos". E logo a Ema resmunga "ai Bia! Assim não dá , nunca gostas de nada!"

Acho que o problema é mesmo haver muitos canais. Lembro-me de no meu tempo só haver a RTP e já era uma maravilha! 🤔 Não havia aquela coisa do não gosto! Não gostas, não vês. Pronto, tá decidido. 😃 Vai brincar que também é bom e saudável.

Lá chegam a acordo e sentam-se as duas sossegadinhas no sofá, à espera que o "mordomo pai" ou a "empregada mãe", lhes interrompam o sossego com a habitual pergunta do "que querem para o pequeno-almoço?" A escolha também nunca é célere. A Beatriz atira ao ar umas quantas coisas a ver se pega, mas sem sucesso. A irmã escolhe iogurte "de beber" e torrada, e a Beatriz imita-a no pedido. 

Vou então à cozinha e trago dois iogurtes, já me faço esquecido em perguntar qual o sabor  que preferem, porque senão é Natal e ainda estou à espera de uma resposta. Vou à sala e entrego um iogurte à Beatriz e outro à Ema. 

Ema - ó pai, tens que agitar o iogurte.

Eu - à pois, tens razão filha. Bia, dá cá o iogurte para o pai agitar. 

A Beatriz observa com atenção o meu gesto. Agito o iogurte abro a tampa e dou-lho para a mão, aberto, e quando viro costas a Ema pede ajuda para abrir o iogurte dela. Eis que depois ouço nas minhas costas, uma vozita endiabrada com ar importante, a dizer "eu também consigo papá, olha".

Ao ouvir estas palavras o meu cérebro iluminou-se como um flash, com a imagem do iogurte sem tampa. Só tive tempo de me virar de novo para a pirralhita, e esticar-me todo ao som da minha própria voz com um "nãaaaaaaaooooooooo" 😫.  Acho que toda a ação se passou em câmara lenta porque naquela fração de segundos não cheguei lá a tempo. Já só vi a parte final.

A Beatriz a agitar o iogurte aberto, e como consequência disso a sua carita já estava toda branca com os olhitos a piscar, muito direita a segurar no iogurte com muita força e a perguntar-se que raio tinha acontecido? Do teto chovia iogurte. 😱 De repente toda aquela área estava pintada de branco. Era o LCD a escorrer iogurte, o móvel da sala cheio de iogurte, o chão com poças de iogurte... 

Ouço o meu lamento final meio desapontado com um "ó filha! A sério?" 😟Quando pensei que ia desatar no berreiro choramingas, eis que lança uma gargalhada estridente super bem disposta e triunfante de quem sabe que fez asneira, mas o resultado final superou todas as expectativas pois foi super divertido. 

Claro que para o pai naquele momento não foi nada hilariante. Só aborrecimento de ter que limpar!

Mais tarde desatei-me a rir de mim próprio para aprender a lição de que a Beatriz está na fase de nos querer imitar e com aquela mania irritante de que já é crescida e que consegue fazer tudo sozinha. Mas só de me lembrar daquela carita toda branca só com os olhitos a piscar muito séria, já me dá uma vontade de rir...que ninguém imagina. 😂

 

O dia do Pai

Março 20, 2019

Ricardo Correia

Ontem como todos sabem foi dia do pai.

Infelizmente o trabalho não me permitiu estar em casa a horas "de gente" para receber as prendas das bacurinhas. Por isso hoje de manhã fui bombardeado com uma salva de euforia dos "bons dias". E com muitos "Papá isto, papá aquilo... Tenho uma prenda para ti, anda ver".

 

Eu até gostava de ver alguma coisa se não fosse de madrugada! Eram para aí umas sete horas da manhã...como disse, de madrugada. E com um olho semicerrado e outro quase fechado a ver tudo turvo, torna-se uma missão impossível.

 

Claro, que não tive tempo para resmunguices e fui arrancado da cama pelas bacurinhas, e então que remédio tive eu senão acordar à pressa e já de sorriso no rosto, para receber os presentinhos do dia do pai.

 

E que prendas maravilhosas que eu recebi! 😊

 

As flores bêbadas

Março 14, 2019

Ricardo Correia

IMG_20190314_192335.jpg

É fim de semana! A família está toda reunida à mesa na habitual chinfrineira.

 

Lá em casa não se tem jantares nem almoços em silêncio. Aquela coisa de só se ouvir os talheres a embater nos pratos, é meramente mito.

 

A gralha da Ema por mais que tente não consegue deixar os outros falar, e comenta tudo o que lhe chama a atenção. O irmão com a mania que já é senhor, repete em tom emproado constantemente, com um suspiro de indignação; "Ema! Eu estava a falar..."

 

A Beatriz acha piada a tudo e descobriu a própria gargalhada, pelo que lança estridentes risos por tudo e por nada. Ecoam pela casa e fazem vai e vem perfurando-nos os tímpanos como uma broca de betão a rasgar o cérebro. Enfim! Parece uma casa de malucos. Mas só o pai e a mãe. Os putos ainda estão minimamente sãos.

 

Estavamos à mesa naquele momento relax pós-jantar, a saborear o último copo de vinho, como se de um néctar dos Deuses se tratasse, deixando-nos em êxtase. A Cláudia poisou o copo e agarrou na garrafa do vinho, agora vazia observando-a lentamente e girando-a nas mãos, até que exclamou em tom de ideia luminosa.

 

Cláudia - Esta garrafa é gira. Dava uma boa jarra para as flores.
Ema - Para as flores! - exclamou metendo-se na conversa.
Eu - Sim é gira. Até podias aproveitar.
Ema - Na na na não... 🤨 Assim as plantas ficam bêbadas! 🙄
Nós - como! 😯
Ema - Então pois. Elas depois bebem o vinho todo... 🤔 E ficam bêbadas.
Eu - Pois é filha tens razão. 😄 - Falo para a Cláudia - Não pode ser amor... Depois as flores crescem todas tortas. E acordam-nos a meio da noite.
Cláudia - hum! A meio da noite! 😊 Porquê?
Eu - Então... Com os soluços. 😁😆
Ema - Ya! Pois é... 😄 Bêbadas...

A Ema faz o desafio do silêncio

Fevereiro 13, 2019

Ricardo Correia

A Ema é daquelas crianças tagarelas. É um martírio para ela se calar e quando o sono ataca então é por demais.

Fala, fala, fala... chega mesmo a ser desgastante.

Numa dessas situações a mãe já saturada de a ouvir, disse aquela frase habitual, que toda a gente a certa altura da vida também já ouviu.

"Ó rapariga, cala-te um segundo!"

Esta foi a resposta da Ema! 

O saco prenda

Dezembro 21, 2018

Ricardo Correia

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  Empulgados para ir para o destino de milhares de pessoas nesta época, acordámos cedo. Eu e a minha bacurinha do meio, a Ema, na procura de prendas para a mãe, com o trajecto definido rumo ao shopping.

 

Claro que tinha que ser logo assim que as lojas abrissem, ou corríamos o risco de perder horas no trânsito, a bufar que nem animais para a manjedoura.

 

Após uma meia maratona de entra e sai de algumas lojas, e da Ema me deixar de cabelos brancos por mexer e remexer em tudo, e fazer questão de comentar os prós e contras de cada artigo, finalmente numa delas veio uma decisão. Depois do artigo escolhido ficámos ainda um bom bocado na fila para os embrulhos. A Ema viu com entusiasmo a habilidade da senhora para fazer embrulhos, e lá deixou soltar um "uau! 😯 Mas que embrulho tão chique!" 🤩 e depois um "olha papá! Vale mais o embrulho que a prenda. 😄" Claro que a senhora não teve outro remédio que não esboçar um sorriso entre dentes.

 

Seguimos então para outra jornada de caça ao tesouro. Desta vez, após muita discussão, porque a pirralha já quer opinar em tudo, lá chegámos a concenso. Esperámos na fila para as caixas de pagamento com os ouvidos a ferver e o cérebro a rebentar, com a música natalina a bombar o tempo todo, até que finalmente chegou a nossa vez quando o cd se preparava para voltar novamente à primeira faixa. Porque isto é vira o disco e toca o mesmo.

 

A funcionária, claramente a fazer frete de ali estar, e cançada de atender clientes chatos como nós, lá tentou fazer o seu papel, mas sem nunca esboçar um sorriso.

 

Funcionária - bom dia é para oferecer.
Ema - Sim, sim é um presente - disse entusiasmada.
Funcionária - Aqui tem - estende um saco com o artigo lá dentro e dá a Ema uma fita e uns autocolantes para fechar o saco.
Ema - Que é isto?
Funcionária - É para fechar o saco.
Ema - O saco! - é aqui que a indignação se apodera dela. - Mas... saco não é prenda! Qual é a piada de abrir um saco? Nós gostamos é de rasgar papel.
Eu - dirigindo me à senhora - obrigado e feliz Natal.
Ema - continua entupida com a indignação - olha pai já viste? Isto não é nada! Um saco! A gente abre espreita lá para dentro e pronto, vê logo o que lá está. - e lá continua ela a buzinar-me aos ouvidos - Tem que ser um embrulho giro como o outro. Pai sabes fazer embrulhos?
Eu - sei Ema, sei...
Ema - Ainda bem porque isso é que bom. Assim podemos apalpar e tentar adivinhar o que está lá dentro e ir rasgando o papel. Agora um saco...

 

Ao fim do dia ainda está a mandar vir por causa do saco prenda. Por favor malta não ofereçam sacos prenda ou ela ainda cria um movimento cívico contra os sacos prenda. 😂

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