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-Blog familiar é só entrar com boa disposição- 😉

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A Beatriz soma mais um aninho.

Outubro 13, 2019

Ricardo Correia

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A Beatriz faz hoje quatro anos. Há precisamente quatro anos veio esta bacurinha preencher ainda mais os nossos dias, afinal de contas só com dois bacurinhos os dias eram muito monótonos 😁! Assim, deixámos de ser doidos para ficarmos completamente loucos! Parece que de repente passou um furacão cá em casa e deixou este bebé cheio de energia, e com uma vontade de aprender e querer fazer tudo sozinha. Parece que os quatro anos para ela não chega quer mostrar que já é grande, e ralha connosco quando a chamamos de bebé.

A Beatriz é uma criança super bem disposta, os dias passados com ela são sempre uma alegria. Apesar de algumas birras normais na idade. Estas no fundo salientam um pouco da sua personalidade, como uma criança de ideias fixas e que sabe bem o que quer.

Aos poucos vai-nos mostrando o ser maravilhoso que se está a moldar. E a sorte que temos em poder orienta-la nos passos difíceis que a vida teima em nos proporcionar.

Como pais esperamos estar sempre presentes na sua vida, e a fazer da melhor forma possível, que seja acima de tudo,
uma criança feliz.

A Beatriz pediu como prenda de anos uma LOL surprise.
Só há bem pouco tempo é que conheci essa personagem mítica através do seu universo, chamado YouTube. Onde ela viu com os olhos vidrados de entusiasmo outras crianças a desembrulhar aquela bola, que só por si já é apelativa nos seus tons rosa, e onde elas falam maravilhas da boneca.

Claro que fizemos a vontade à bacurinha, mas digamos que não vale o investimento. Não entendo o preço exagerado por uma mini-boneca, que traz cabelo real para ser penteada. E uns quantos acessórios que só são visíveis ao microscópio.

O raiar de felicidade dela ao ver aquela embalagem. Acho que ficou contente só de ver a bola. O conteúdo era o menos importante! De qualquer forma abriu a bola com um sorriso de orelha a orelha, e explorou a boneca dos pés a cabeça como já tinha visto outras crianças a fazer.

Rapidamente perdeu o interesse na boneca e metade dos acessórios desapareceram misteriosamente! Também não é difícil, de tão pequenos que são. Será que deva pensar que os produtores de tal brinquedo fazem de propósito para os pais passarem a vida a comprar bolas, bonecas e acessórios?

Mas o que realmente importa foi a felicidade de vê-la a receber a tal LOL.
Para os pais é que não tem graça nenhuma o dinheiro que damos por tal brinquedo.

Parabéns Beatriz.

Fomos ao Dino Parque. E então?!

Setembro 09, 2019

Ricardo Correia

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Chegamos cedo. O sol ainda se espreguiçava meio ensonado por de trás das nuvens, na esperança de que a brisa que se fazia sentir, fosse suficientemente forte para as empurrar para longe. 

 

Apesar de sermos os terceiros da fila, ainda aguardamos uns bons minutos até conseguirmos adquirir os bilhetes. 

 

À nossa frente estava um casal espanhol. E a adivinhar pelo tempo que demoraram na bilheteira, penso que eles estavam a tentar fazer check-in para um hotel! A muito custo a funcionária lá lhes conseguiu explicar, que a única forma de dormirem ali, era acampados numa tenda por baixo de um Tyrannosaurus Rex. Penso que, terão de algum modo ficado entusiasmados com a ideia, pois lá acabaram por entrar na esperança de irem viver uma grande aventura à moda do Parque Jurássico. 

 

Acho que no fundo, até eu ia na esperança de embarcar numa dessas aventuras, em que os pelos eriçam e a malta se borra toda de medo... 

 

Entramos então na história em si. Somos devorados pelo conhecimento dos dinossauros existentes na Lourinhã à milhões de anos atrás. Podemos ver algumas ossadas reais e algumas delas em tamanho real, ao qual não posso deixar de confessar, que achei divinal. Estas réplicas sim, enchem-me a vista. Até porque nos mostram algo pálpavel e podemos sempre aprender algo com esta visita.

 

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Depois de se passar a porta do verdadeiro museu, e entrar no mundo do jardim com os dinossauros plantados, a essência da história vai-se desvanecendo. Fica apenas as réplicas em tamanho real e os nomes dos bichos que são complicados de dizer para caraças. 

 

E por mais que a gente tente, e faça de tudo e mais alguma coisa para manter as crianças motivadas, a verdade, é que isso se vai tornando uma missão impossível. O ponto de saturação atinge rápidamente o auge, se não formos aficionados pelas personagens principais, e nem os sons, repetitivos dos pré-históricos que vamos ouvindo ao longo do percurso nos vão mantendo despertos. 

 

A Beatriz, a certa altura já dizia que estava muito cansada e foi a maior parte do tempo ao meu colo. E se ela pesa... Gente como ela pesa! A Ema a cada metro que andávamos perguntava quando é que aquilo acabava e onde era a saída, porque também já estava cansada, e ainda nem a meio do percurso íamos.

 

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Eu confesso que esperei sempre até à última, para ver quando o chão iria começar a tremer, e do nada surgisse um dinossauro a correr faminto e medonho a rugir, em nossa direção. Eu imaginava as nossas caras de pânico enquanto largávamos numa correria desenfreada para bem longe dali. Assim mesmo à moda de Hollywood. Na minha cabeça já tinha a cena toda protagonizada.

Bem! Mas não se pode ter tudo, não é verdade? Portanto, esta aventura ficou-se somente por um belo passeio no parque ao ar livre, a desfrutar do que melhor a natureza tem para nos oferecer. Num ambiente de grande tranquilidade. 

 

E por volta da hora de almoço chegámos finalmente ao fim. Ainda passámos pelo pavilhão das atividade onde os miúdos ganharam um mini dinossauro cada um. A zona da restauração estava abarrotar de gente, para variar.

Afinal de contas o bom povo português gosta é de comes e bebes. Até a feira do Livro já tem tasquinhas de comes e bebes... porque a cultura dá cá uma fome!

 

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A meu ver, este parque tem pouca interatividade e motivação para as crianças. E também o preço elevado dos bilhetes não se justificam pelo que o parque tem para oferecer. Para passear ao ar livre ou fazer um piquenique numa das mesas existentes ao longo do percurso, podemos bem ir a qualquer outro parque e não pagamos a estadia.

 

O Dino Parque é uma espécie de jardim Botânico, mas ao invés de ter árvores de todo o mundo e de várias espécies, tem estátuas em plástico dos vários tipos diferentes de dinossauros do tamanho do mundo. A malta ainda se arrisca a sair dali, e a ter que usar um colar cervical por tentar olhar para a cara dos bichos do tamanho de um arranha céus.

 

Confesso que não sou um dino-aficionado. Nem fanático pelo Jurássico Parque. 

De qualquer forma tinha-mos sempre um plano B e por isso o nosso roteiro também incluía uma ida a outro lado.

Afinal conhecendo os bacurinhos como nós, sabíamos que ao fim de 2h30m mais coisa menos coisa estávamos despachados dali. E pelo que já tínhamos andado a sondar nas entranhas da Internet, apercebe-mo-nos que o parque não tinha assim grande coisa para se ver.

Por isso a minha dica para quem vai ao DinoParque é... que tenham sempre um plano B. 

 

Tenho de ir à minha vida

Setembro 03, 2019

Ricardo Correia

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Hoje começou oficialmente a nova época. Não, não estou a falar da bola! Mas sim do trauma do inicio da nova época escolar.

Principalmente para os mais pequeninos, como é o caso da Beatriz. 

Aquela que deixa os putos numa pilha de nervos e os pais a arrancar cabelos e a ganir à boca cheia.

Em parte, porque sofremos por antecipação por ir depositá-los naquele armazém, repleto de putos de vários feitios e birras para todos os gostos. Onde muitas vezes os vemos embrulhados uns nos outros, uns a rir e outros a chorar baba e ranho, e algumas auxiliares na maior descontração a  assistir ao "wrestling" e a acharem um piadão ao invés de os separarem. Porque enquanto um não partir a cabeça, ou deslocar algum membro do corpo, está tudo bem! Afinal de contas os miúdos são fortes!

E como tal, achamos, que ao chegar à porta do infantário vem aquele berreiro infernal, capaz de nos perfurar os tímpanos, como quando passa por nós um veículo de emergência com a sirene a berrar aos ouvidos!

Era uma daquelas profissões, educador de infância, que eu abraçava com todo o amor e carinho, se já me tivesse sido diagnosticado demência mental! Uma coisa é brincar com os nossos filhos e saber dar-lhes a volta em certas birras, outra, é aturar os putos todos do bairro!

É por isso que as festas de aniversário são só uma vez por ano! Para não deixarem os pais do aniversariante completamente alucinados e em estado vegetativo.

Observo então, a mãe com olhar distante e perdido no horizonte a magicar um daqueles planos diabólicos, na esperança de evitar a choradeira de pré-época. A sua mente brilhante soube puxar pelo lado mais pindérico da bacurinha. Fomos então às compras de uma roupa nova que lhe enchesse as medidas, sim que a Beatriz não veste qualquer coisa! Ah pois não! 

O pai sim, esse tenta lhe enfiar qualquer coisa pela cabeça à baixo, mas depois leva logo com o mau feitio dela, a dizer que "essa roupa é feia e não combina" Pffff, não combina! "What a hell"!!!! A pirralha já opina... 

Então hoje de manhã o acordar e o preparar para a escola foi deveras tranquilo! 🙏 Vestiu a roupa nova e uma mochila nova com as suas traquitanas lá dentro, e lá foi ela toda vaidosa. Até me estava a custar acreditar. Hum, não podia ser verdade. Ainda estou à espera da choradeira!

Vá-lá Bia, estás a falhar filha! Manda lá a choradeira, vá. O pai aguenta. - Dizia eu para mim próprio na esperança de ouvir um soluçar, mas nada. Nada de nada! Será que a bacurinha cresceu?

Seguimos então no nosso móbil até à porta da escola, onde estacionei o veículo. Olhei sobre o ombro, para a observar no banco de trás com uma carinha triste, e ainda com aquele feeling de ver as lágrimas a rolar cara abaixo. É agora! - pensei eu maléfico.

Eu - Já chegamos à escolinha. Estás pronta Bia?

Beatriz - Olha pai - pausa - vou ficar triste.

Eu - Então porquê filha? Vais ver os teus amiguinhos todos e brincar muito com eles... porque vais ficar triste?

Beatriz - Porque vou ter saudades da mamã e do papá.

Eu inchado de orgulho - É normal filhota. O papá e a mamã também vão ter saudades tuas quando estiverem no trabalho.  Mas depois logo ao final do dia vimos te buscar e as saudades passam.

Beatriz mudando completamente a expressão - Pois é papá! Mas agora, tenho de ir à minha vida! Por isso põe-me a mochila às costas.

Fiquei boquiaberto com esta. Foi como se tivesse levado com um peixe espada bem assente na tromba. Abri-lhe a porta e ajudei-a a por a mochila, ainda em transe ou estado de choque completamente estupidificado com a expressão "tenho de ir à minha vida!!!!!". E não ficou por aqui.

Beatriz - Ah pai,  eu vou à frente! - disse autoritária mandando-me um "chega para lá".

Já não sabia se era eu que a estava a levar à escola, ou se ela me estava a usar como serviço de táxi. 

Chegamos ao pequeno hall onde as educadoras recebem os pais, e já havia uma azáfama tremenda com outros pais a fazerem as suas entregas. A Beatriz acanhou-se à entrada. Ficou encolhida e meio tímida sem saber o que fazer. Se avançava ou se corria dali para fora. Era agora! Era agora que ia começar a choradeira... 

Eu - Vai lá Bia. - Dei-lhe um toque leve nas costas para a incentivar a avançar. - Vai lá à tua vida, rapariga. 

Ela esboçou um sorriso, deu-me um beijinho e desapareceu a correr para dentro da escola, como se fosse a segunda casa dela.

Sem um pingo de fluído lacrimal!

 

 

Vaca à solta na A19

Agosto 22, 2019

Ricardo Correia

Parece que ontem , pelas 19 horas, na A19, junto à saída para o acesso ao LeiriaShopping na faixa de rodagem com o sentido Norte-Sul, foi avistada uma vaca. 

Segundo a GNR foi enviada uma patrulha para o local, que, terá encurralado o animal, e o terá abatido ali mesmo com dois tiros.

O vídeo foi captado por André Silva que o cedeu ao JORNAL DE LEIRIA e a quem o dono da vaca admitiu que esta fugiu, quando a estavam a descarregar no cais do matadouro, que se situa nas proximidades.

fonte: Jornal de Leiria

 

Ora, tenho a dizer em defesa dos animais que estou chocado com esta noticia. É bem visível que a vaca não queria morrer.

Pois, a pobre vaca vendo-se no corredor da morte e ao avistar o seu infortúnio futuro, pôs-se a milhas dali para fora. Se visionar-mos no vídeo com atenção, o pobre animal seguia pela berma sem estorvar ninguém!

Andava ali a passear somente apreciar os últimos minutos de liberdade, sol e ar puro. Já vi imensos seres humanos que mesmo sem estarem bêbados não conseguem sequer andar direitos. Tanto de carro como a pé!

 

Alguns, vão muito bem na berma e depois lembram-se de atravessar a estrada a correr, porque acham que são grandes atletas e fazem aquilo num segundo, e quando vamos a ver... pumba! Já foste!

Outros, vão de carro e pensam que são pilotos de rali, e gostam de andar a fazer "slalons" pelo trânsito, com os pneus a chiar e, o motor a roncar que nem um porco. Esses também são uns grandes animais...

E ainda há aqueles, condutores de fim-de-semana, ou alguns sexagenários a andarem a trinta à hora que estorvam mais do que a vaca.

 

Outros animais, que geralmente circulam em manada são os ciclistas. Andam aos zig-zags, para se desviarem uns dos outros.

Parece uma dança de alguém que ingeriu cogumelos alucinógenos. Porque geralmente andam fora das bermas, em plena estrada, a tentar manter uma conversa animada uns com os outros, como se nada fosse. As ciclovias geralmente são bonitas e servem para enfeitar. É muito mais agradável andar a empatar o tráfego.

Se fosse comigo ía todo a acagaçado de andar no meio do trânsito, não fosse algum condutor mais maluco mandar-me uma pantufada e ir a lavrar com os queixos até Santarém.

 

Também não achei nada bem a GNR, ter abatido o animal. Até porque sei de fonte segura, que a SIC já tinha encetado contactos com um agricultor, daqueles que não se consegue decidir por nenhuma donzela, do programa TOP : "Quem quer namorar com o agricultor", para vir em socorro da pobre vaca.

 

Seguia então este a galope, montado no seu garanhão, numa missão de salvamento. Envergando a sua camisa amarela aos xadrez, o seu colete de vaca mimosa, as célebres calças de ganga que nunca se trocam, de há três meses atrás e, as suas botas castanhas de meio cano com esporas. Sobre o seu chapéu castanho de abas largas, rodopiava a corda em laço, pronto para jogar no pescoço do animal. Seria o salvamento mais heroico da sua vida! Porque toda a vaca, merece o seu boi. Ato nobre que lhe foi roubado pelo agente da autoridade, ao desferir dois tiros crueis na pobre vaquinha... 

Assim se rouba a felicidade de alguém!

Como eu fiquei careca, por umas horas!

Agosto 19, 2019

Ricardo Correia

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Estava eu alapado no sofá a ver qualquer coisa sem importância alguma, somente para matar o tempo, quando vejo uma sombra a aproximar-se da porta.

Eis, que me deparo com a Beatriz carregada de tralha até aos dentes, sub-entenda-se, brinquedos com fartura. Quando a vejo a aproximar de mim e a largar os brinquedos todos, como quem atira algo de um precipício para cima do sofá, até me arrepiei ao mirar o teor de tais objetos.

 

Com mais ou menos esforço lá trepa ela para cima do sofá, manda-me um "chega para lá" nas costas e senta-se em cima de um almofadão que eu tinha atrás de mim, lançando uma perna para cada lado ficando bem posicionada no meio das minhas costas.

 

- Então rapariga. Que se passa? - Pergunto eu intrigado com tal abordagem.
- Vou brincar aos "caleireiros" papá. - responde toda sorridente.
- Ai que bom! - disse sarcástico. Por cima da minha cabeça surgiu um balão com uma simples frase. "Estou feito!"
- Agora vou te lavar o cabelo...

 

Agarra ela num frasquinho e começa a fazer os gestos de quem põe champô nas mãos, para depois as mergulhar no meu cabelo.

De seguida começa ela então a esfregar as mãos pelo meu cabelo de um lado para o outro. E notem que a sensibilidade dela ainda não está apurada, para infelicidade minha! De tal modo, que pensei que a minha cabeça tinha sido enfiada numa batedeira gigante e posta na velocidade máxima.  A minha cabeça rodopiava, rodopiava, rodopiava... acho que dei a volta ao mundo em cabeça ao pendurão em poucos segundos. O meu cérebro era agora uma massa fofa para bolos.

A televisão por momentos desapareceu e apareceu. A parede ficou a voar à minha volta junto com quadros e móveis, e tudo e tudo... pensei que tinha entrado num carrocel em que nós estamos parados, mas tudo gira à nossa volta. E penso que foi neste momento que desmaiei.

 

Entretanto volto a mim ainda com náuseas da viagem turbulenta, com a Beatriz a concluir.

- Pronto papá, já está lavadinho. Agora vamos secar.

O quê! Hum, ainda há mais! Oh bolas! - penso para mim mesmo.


Então puxa uma mantinha branca que estava nas costas do sofá, que era dela de bebé e que ainda a persegue para todo o lado. Cobre a minha cabeça com a manta, e lá começa novamente a minha experiência maravilhosa no "caleireiro" com a secagem manual.

Desta vez tive uma experiência menos traumática. Só parecia que a minha cabeça estava a ser usada como esfregona, e andava a lavar o chão ao mesmo tempo que fazia o pino, que era atirada para a frente e para trás. De vez em quando lá fazia uma pirueta para torcer e escorrer a água remanescente.

 

Foi nesta altura que pensei que tinha tido um aneurisma! Volto a mim com o som de sininhos e passarinhos a andar em volta da minha cabeça, que mais tarde percebo que é a voz da Beatriz.

- Já sequei o cabelo. Agora vamos pentear.
- Iupiii!!!!! - Digo eu numa satisfação e emoção tremenda e tão bela, que é de cortar o coração!

 

Agarra então num brinquedo a imitar uma escova de cabelo em plástico, mas que mais parece feito com pregos nas pontas. Digo eu a tremer o queixo em pânico, - devagarinho bebé, faz devagarinho.
Responde ela na maior das calmas. "Tá bem papá." Ao jeito de "pai, deixa de ser piegas, é só uma escova de cabelo inofensiva!" À medida que ela passava a escova no meu cabelo da frente para trás, eu gania substancialmente.


A minha cabeça tinha virado um terreno agrícola e estava a ser lavrado por um ancinho desgovernado. Acho que nesta altura ainda estou a ver os piolhos residentes, a abandonarem a minha cabeça como quem salta do titanic prestes a afundar. Entre gritos de terror e pânico que se seguia à passagem da escova de cabelo de brincar, morria mais um piolho fraquinho sem jeito de se salvar.

E tudo a escova levou!

Até a caspa de estimação que mantinha durante anos, como quem faz uma coleção de cromos desapareceu. E olhem que tinha mesmo alguma caspa para troca que também essa sucumbiu ao passar da escova. Uma tristeza! Uma desgraça sem limites!

 

Tenho a certeza que ao fim da terceira passagem, a pele do meu coro cabeludo tinha ficado agarrado à escova de cabelo. 
Podia assim a Beatriz exibir o meu escalpe como uma brava guerreira índia, que conseguiu dominar o seu pai, o malvado cowboy, em poucos minutos.

 

Agora de certeza que estava finalizada a ida ao "caleireiro". Uma vez que o cabelo já tinha desaparecido de vez e porque já tinha o cérebro à mostra! A não ser... que ela fizesse questão de me pentear e secar o cérebro. Assim deste modo era da maneira, que se fazia jus à frase.

"Um ser descerebrado!"

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