Vlog - Na Capital formando-me
Julho 10, 2018
Ricardo Correia
Olá e sejam bem vindos ao primeiro vídeo do blogue 3 em Linha. A esta hora já devem estar com um arrepio na espinha e muitos de vós a fazer aquela cara de asco, do género... Credo que raio é isto!
Passado essa fase de adaptação à minha "face" espero sinceramente que consigam sobreviver até ao fim deste vídeo. E então porque raio é que decidi fazer um vídeo? Porque estava entediado,pois claro. E como preguiçoso que sou, descobri que grunhir para uma câmara era muito mais rápido e fácil, do que estar a dar uso ao polegar a martelar no "touch screen" do telemóvel. Óbvio!
Então, não há por aí tanta gente a dizer que é "youtuber", só porque se lembra de dizer meia dúzia de bacuradas para uma câmara? Eu também posso certo?
Mas o que me trás aqui hoje, afinal de contas? Ora, encontro-me em Lisboa, onde vou ficar mais três dias, a fazer uma formação de padaria / pastelaria neste hotel fantástico. Olhem só o meu quarto. Será que no fim disto tudo já saberei amassar a massa para fazer pão e bolos? Espero bem que sim. Porque é tudo coisas de que eu não gosto nada! Pão e bolos! 😋
Portanto no final desta formação serei oficialmente especialista em amassos.
Quando chegar a casa, amorzinho, prepara-te que vou por a mão na massa. 😉
Já era um grande mestre pasteleiro, mas na arte do "tasting".
Nomeadamente quando ficava parado em frente a uma vitrine cheia de bolos, e não tinha um tusto para levar nenhum, ficava ali especado a babar. A certa altura havia alguém de trás do balcão que gritava "- pára de te babar ó camelo!" E foi assim que nasceu a tão conceituada "baba de camelo".
Ao qual eu respondia "eu não sou camelo sou um anjo".
Ora atrás de mim estava um brasileiro que a rir, disse entre dentes. "Olha só cara, que papo de anjo". E foi assim que nasceu o "papo de anjo". Como podem a pastelaria conventual foi inspirada em mim!
Pois é, então esta aventura começou às cinco da manhã, hora a que me levantei para apanhar o expresso, que saiu às seis rumo à capital. Porque só na capital é que há ação e vida, no resto das outras cidades parece que não existe humanidade. Se queremos fazer alguma coisa diferente, tem mesmo que ser na capital.
Tive a sorte, no expresso de ficar ao lado duma senhora com os seus cinquenta e poucos anos. A certa altura vejo-a remexer num saco que trazia ao colo, e tirar de lá de dentro dois palitos gigantes e um fio. Então ela foi desde a Marinha Grande até Lisboa a fazer renda. Tec-tec-tec tec-tec-tec. A senhora começou com um naprom e quando chegou a Lisboa já tinha um lençol de cama de casal. Ainda tenho o ouvido direito com um zumbido de tec-tec-tec tec-tec-tec.
É pronto. Por hoje é tudo. Vemo-nos por aí.