Os novos animais de estimação.
Julho 05, 2018
Ricardo Correia
A Cláudia estava a preparar uma bela salada de alface, tomate, pimento vermelho e pepino, e decidiu pôr também umas folhas de espinafre que lhe tinham dado. Espinafres estes, de horta caseira, apanhados diretamente da terra para nós.
Eis que, quando a Cláudia ao lavar os espinafres, se depara com uma família de caracóis. Um grande, outro médio e um pequenino. Dava mesmo a sensação de ser o pai, a mãe e o filho.
Visto que eles já estavam em nossa casa, não tivemos outra alternativa senão adotá-los como os nossos novos animais de estimação. Afinal de contas não queríamos ter problemas com o sr. do PAN (partido, pessoas, animais e natureza), por abandono de animais, se os colocássemos de novo na natureza. Que aliás é o seu habitat natural. Partido este, que a meu ver se esquece das pessoas, porque mais depressa fazem uma lei a proteger um animal do que uma criança, mas isso é outra conversa.
As miúdas tanto melgaram para ficar com eles que cedi. Então, como eu tinha um aquário, sem peixes, porque ao tempo que andava para o pôr em funcionamento, mas fui apanhado pela preguicite aguda, ele foi ficando, ficando, ficando... vazio, até hoje.
Então agora o aquário é ocupado por novos inquilinos, e eu posso dizer à boca cheia, que me dedico a... Pastar caracóis.
No meio de tanto alarido surgiu algumas questões pertinentes. Como é que estes animais se reproduzem? Será como nós? Vai o macho trepar para cima da fêmea e zuca-truca? Como é que eles nascem? O que comem?
Bem, consegui aprender muito acerca destes animais, depois duma busca intensiva na net. O mais interessante é que para além de já se saber que eles eram lentos, fiquei a saber que demoram dez horas a acasalar. Costuma-se dizer que devagar devagarinho é que é bom, mas... DEZ HORAS! OK. E chegam a pôr entre 100 a 200 ovos. Quero ver onde vai ficar tanto caracol, mas tá bem.
A Ema já os baptizou de caracolinos. Caracolino, caracolina, caracolona, caracolena, caraculuno. Hã, isto é que é originalidade!