Com esta nova geração de tecnologia sempre na mão, eis que surge uma nova era, em que os miúdos informam os pais das notas dos testes, mas em tempo quase real.

"Ora deixa cá mandar um SMS aos cotas a dizer a nota do teste, para eles não me melgarem o cérebro quando eu chegar a casa." 😏

Deste modo não correm o risco de os pais explodirem na hora, e de levar aquele ralhete merecido porque não podem.

Se tivessem ali na nossa frente naquele momento, levavam logo era com o telemóvel na pinha, e uns quantos berros, mas como não estão, só resta responder um simples..." depois falamos!" 😑

Assim quando os putos chegam a casa, já está o furacão com uma intensidade de força 3 de 10. A coisa entretanto já amainou e livram-se de boa.
Entretanto o dia vai passando e aquela neura 😠 que surgiu no ato de ler o SMS, vai desvanecendo, sorte a deles.
Pelo menos deve ser o que eles acham...😁 agora a bola está do lado de cá!

Por isso o que eles não esperam é que quando chegam a casa, misteriosamente o cabo de rede desapareceu do computador, a rede wireless está moribunda e a playstation escondeu-se na caixa porque gosta de jogar às escondidas. Coisas assim, temos pena.

Pode ser que com a subida da nota do teste o jogo do esconde-esconde termine. Quem sabe! 😉
Um castigo nunca fez mal a ninguém, certo?

Olhou-a nos olhos, tentando ver o interior da sua alma. Como se conseguisse ler a sua mente. Vasculhar o seu interior, as suas ideias, mas era em vão!
Um pensamento deveras idiota. Afinal de contas era impossível conhecê-la no seu íntimo. Porquê deixar que ela invadisse o seu mundo, quando à tão pouco tempo se conheceram?
Deixou quebrar a barreira e aceitou a sua presença a seu lado. No fundo era como se se conhececem a vida toda. Sentiu uma ligação imediata, uma atracção especial, intensa e profunda.
Os seus olhos azuis cativantes, a sua beleza natural, com os seus cabelos longos e loiros eram o seu cativeiro.
Abraçaram-se durante segundos. Dois corações a baterem em uníssono complacentes, sem qualquer tipo de dúvida dos seus sentimentos. Ela, suspirou por segundos e afastou-se ligeiramente. Olhou-o, cabisbaixa, e com tristeza na voz, vociferou.
- Sabes que tenho de ir, não sabes? Não posso ficar mais tempo.
Ele acenou ligeiramente com a cabeça em sinal afirmativo. Sentiu uma tristeza profunda e, a amargura a tomar conta do seu corpo, consumindo-o. No fundo queria dizer-lhe para ficar, que a sua vida sem ela não fazia mais sentido. Estaria a ser egoísta? De querê-la só para si. Não a queria partilhar com mais ninguém!
À medida que ela se afastava agarrou-lhe nas mãos, e prendeu-as junto ao seu peito. Ficando frente a frente, sem saber como dizer adeus. Inclinou-se ligeiramente, atraído pelos seus lábios, e beijou-a apaixonado.
Ela deixou que uma lágrima lhe escorresse pelo rosto. De coração partido afastou-se e sussurrou um adeus.
- Espera... Voltarei a ver-te?
Ela voltou-se ligeiramente e encolheu os ombros. Fitou-o por instantes e respondeu:
- Se o destino assim o quiser!
Ele contemplou a sua figura a desaparecer na noite. Ainda incrédulo, de como os astros lhe apresentaram aquela mulher linda e cheia de mistério. Ficando só na companhia da Lua, viu a sua amada desvanecer. Porquê perdê-la assim? Se ao menos pudesse lutar pelo seu amor. Mas pouco sabia sobre a sua vida, somente que o seu sorriso o cativou, no mesmo segundo em que ele a viu e os seus olhares se cruzaram.
Caminhou descontente e cabisbaixo de mãos nos bolsos, sem pressa de chegar a casa. Nada lá o esperava, porquê voltar!
À medida que fazia o seu regresso a casa as imagens daquele momento assaltavam-no. Porque teria ela que partir? O que a levaria a afastar-se? Para onde iria? Estaria ela a testar o destino, respondendo-lhe sempre da mesma maneira? Estas questões atormentavam-no, qual pesadelo numa noite mal dormida. Seria só mais uma de muitas, já que Tomás Valente não conseguia tirar Joana dos seus pensamentos.
Mas afinal de contas o destino os tinha juntado novamente. Primeiro na pequena livraria e agora, quando menos esperavam.
É verdade que Tomás o forçara, fazendo o mesmo percurso pedestre desde à um mês para cá. Queria vê-la mais do que tudo nem que para isso fosse todos os dias à pequena livraria e à pastelaria, só na esperança de a poder ver outra vez.
E ali se tinham encontrado, sem mais nem menos, à porta do teatro.
Vieram-lhe à memória os olhos brilhantes de Joana ao vê-lo, e os seus, como numa explosão de alegria retribuíram o êxtase do reencontro. Viram a peça juntos, cúmplices de um sentimento inexplicável, tão súbito.
Tomás deixou descair a sua mão ao encontro da mão dela. Reticente afagou-a. Com um nervoso miudinho esperou que ela o repelisse, mas para sua surpresa e alegria assim não aconteceu.
Era a estreia de uma peça dramática e Tomás tinha bilhete, este, oferecido por um amigo que não gostava de dramas, nem teatro.
Pensou no feliz acaso. O destino os tinha juntado num teatro dramático.
Dramas! Sorriu para si. Era o que este momento lhe transmitia. A sua vida acabara de virar um drama, em torno da mulher misteriosa. Refém do destino.

Estávamos à mesa a jantar enquanto o Xavier comentava algo sobre o seu dia.

Xavier - ... Eu sei que às vezes sou um pouco egocêntrista...
Ema - eco cientista! O mano é eco cientista?
Xavier - não Ema... 🤨
Ema - mas o que é um eco cientista? 🤔
Risada geral.
Eu - 😀 é um cientista virado para o eco sistema...
Ema - 🙄

Lá lhe explicamos o termo egocêntrista da melhor maneira possível. Uma coisa boa que a Ema tem,  é saber rir-se de si mesma. E acabou também por rir à brava. 😄

A Ema é daquele tipo de crianças super bem comportada na sala de aula.

Talvez porque seja mais retraida e por isso reserva-se estando calada. Deste modo a professora nem se lembra que ela lá está.

Mas o problema é quando libertam o monstro da gaiola.

Porque quando a vamos buscar à escola e chega ao carro começa a desbobinar e fala pelos cotovelos.

Há dias em que não há paciência... 

Eu - oh mulher tu falas para caraças!

Ema - então... eu não tenho culpa... Gosto de falar.

Eu - tu engoles as palavras e vomitas frases, umas atrás das outras.

Ema - talvez porque as palavras estejam no meu cérebro e depois descem para a minha boca e eu deito-as fora. 

O meu chaço velho já me andava a dar problemas e resolvi levá-lo ao senhor doutor, especialista em mecânica, para ver se descobria pelos sintomas melancólicos o que o poderia estar a perturbar.

Após uma análise rigorosa e de uma bateria de exames, apresenta-me um orçamento astronómico para o levar para cirurgia.

Entre outras coisas, deparou-se que o eixo da roda traseira estava partido, e que só para arranjar isso, era demasiado dispendioso, e para a idade que o carro tinha, não se justificava.

Fiquei assim... meio que azul amarelo às bolinhas, com o valor, e decidi então logo ali que estava na hora de o deixar partir. Mas, como tive pena porque enquanto esteve na minha posse nunca me deixou ficar a pé, só por uma ocasião em que se lhe rebentou um tubo da água, mais de resto não me posso queixar, decidi pô-lo à venda por um preço quase simbólico. 

E não é que me apareceram compradores interessados. Pois é, acabei então por fazer negócio por um preço bastante em conta, porque o valor de venda nem dava para pagar o Kit de GPL, que o carro tinha instalado.

Então agora com dinheiro na mão e a andar a pé, tinha que arranjar outra carroça que me transportasse. Pesquisei na net e encontrei um jeitosinho a um preço bastante apelativo. Esfreguei as mãos de contente e marquei visita ao veículo em questão.

Não sei se já mencionei, mas não percebo nada de mecânica pelo que fui armado em campeão, e como o preço me agradou nem pensei duas vezes. Fiz negócio com o senhor e lá vim eu de carro novo de sorriso rasgado, tal puto com novo brinquedo. 

Reparei que a direção estava um pouco para o desalinhada e fui espreitar os pneus. Ora bolas, estavam completamente carecas! Então o desalinho era dos pneus. Dirigi-me a uma casa especialista em pneus e comprei quatro, dos mais baratinhos que o custo de vida está a modos que a subir até à lua, e qualquer dia estamos a pagar 100€ por umas cuecas e achamos normal.

Mas adiante. Passado umas horas o senhor disse-me que o serviço estava pronto mas queria mostrar-me uma coisa... uhm! Uma coisa?  Fiquei logo desconfiado.

Mecânico - Olhe está a ver isto aqui? - E pôs-se abanar a roda traseira. - Está tudo solto... você tem que mandar trocar o eixo traseiro que está partido nesta roda. 

Eu -  Não acredito! 

Será que há por aí alguém que faça o favor de me suicidar! Ou de abrir uma cova bem funda para eu desaparecer por lá! 

Não fui eu arranjar o meu chaço velho para não gastar dinheiro a trocar o eixo traseiro, e agora sai-me precisamente a mesma cirurgia na rifa! . 

Que remédio tive eu senão levar o carro a um mecânico especialista nestas questões de chaços velhos. Agora já não havia volta a dar. É motivo para dizer que me saiu a fava do bolo rei. Vai buscar embrulha!

Já diziam os antepassados... O BARATO SAI CARO!