Ás compras de natal no fórum.
Dezembro 11, 2017
Ricardo Correia
Ontem tive o azar de irmos a uma grande superfície comercial. Como é normal aquilo estava à pinha. Quando digo azar é mesmo no sentido de que nesta época festiva ter que nos irmos enfiar num shopping ou é azar ou é mesmo de maluquice. À chegada, andávamos em círculos à espera de arranjar estacionamento na cobertura, porque como tenho carro a GPL não me deixam estacionar no subterrâneo. Já agora gostava de agradecer aquela malta que não tem carros a GPL, mas mesmo assim deixa o carro no lugar reservado a veículos a GPL, e aos senhores do shopping, por porem apenas meia-dúzia de lugares reservados para o efeito, porque até nem existem muitos carros a GPL, por isso não precisamos de mais lugares nem nada.
Entretanto estava parado na fila quando de repente a senhora à minha frente se lembra de fazer marcha atrás desenfreadamente, sem olhar pelo espelho e... pumba no meu pára-choques. Bem que lhe buzinei umas poucas vezes mas a pressa de ter visto alguém a sair era maior, do que a de olhar para trás pelo espelho ou ligar ao aviso sonoro. Felizmente não provocou estragos, pelo menos no meu veículo não.
Lá dentro decidimos nos separar, a Ema ficou comigo, e o Xavier ficou com a mãe e com a Beatriz. De maneira que a mamã não pudesse cuscar as prendas que lhe íamos comprar, assim como o papá não podia cuscar as prendas que a mãe lhe ia comprar, certo?
Eu e a Ema entravamos e saímos das lojas em busca de um miminho para a mãe. E no meio da multidão parecia que estávamos com os copos porque andávamos aos zig-zags para nos afastarmos das pessoas, senão levávamos encontrões a torto e a direito.
O corredor com mais transito curiosamente era o do wc. E era o único que estava organizado no transito, com dois sentidos para lá e para cá.
A certa altura encontrámo-nos todos e também nós como ser humanos que somos tivemos de ir ao wc. Nessa altura já lá dentro, "parti o côco a rir", é que não pude mesmo conter o riso com uma situação com que me deparei. Eu e a malta que lá estava.
A certa altura ouve-se tocar um telemóvel, que por si só já é uma situação constrangedora quando acontece naquele respetivo sítio e vindo da zona das cabines, o pior de tudo é mesmo chegar a atende-lo.
Ouve-se então assim, primeiro começou quase como num sussurro e depois foi aumentando gradualmente até à explosão final.
"Estou na casa de banho..." , "estou...na ca-sa de ba-nho" , " na casa de banho" , " estou na casa de banho" , "NA CASA DE BANHO" . A partir daquele momento ficou o shopping todo a saber que o desgraçado estava no wc. Foi aí que me parti a rir. E quando saí do wc a rir que nem um tolo ficou toda a gente a pensar que eu era mesmo tolo.
Ainda resolvemos ir as compras de mercearia, mas a confusão era tanta que deixámos lá metade das coisas. Por isso só temos um trabalho é ir ás compras outra vez. Mas, como até ao Natal ainda falta muito acho que não nos vamos ver livres dos shoppings tão depressa.