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Em jeitos de pós-Natal

Dezembro 28, 2017

Ricardo Correia

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Pois é cá estamos nós para relatar mais um acontecimento do comum cidadão português, fazendo um balanço em jeitos de pós-Natal.

 

O Natal decorre cheio de alegria e amor, geralmente chovem presentes de todo o lado, alguns nem fazemos ideia de onde, mas o Pai Natal cá os deixa. Então depois do suspense de abrir as prendas vem aquela cara assim  e um "bem... não era bem isto que eu estava à espera!" Claro que esta frase fica só a entoar no nosso cérebro, porque na verdade o que sai  "era mesmo isto que eu queria!"

 

Por isso para além da enorme espera pelo dia 25 gera-se uma eternidade até ao dia 26, para se correr para as lojas para "Por amor de Deus, deixem-me trocar isto!"  

Felizmente não foi o que aconteceu lá em casa, todas as prendas foram do "BEST" . Até porque para mim as prendas de Natal têm sentido é mesmo para a criançada, e para os "grandes" é só uma lembrancinha e assim é que devia ser, para não se abusar num consumismo descabido.

 

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Depois vem o dia 27, e... É a correria para os serviços públicos para tratar de tudo e mais alguma coisa, que andaram adiar durante o ano inteiro. Então aqui fica o relato de um cidadão comum no nosso país.

 

 

Levantam-nos bem cedo e vamos para a porta do IMT, como lá  também tem um balcão do IRN, fazemos um dois em um, esperamos alegremente uma hora na fila até que a porta abra. Passados dez minutos o segurança informa que os funcionários do IRN estão de greve pelo que não há atendimento.  Não há problema ainda temos o IMT, passado vinte minutos o segurança informa que o IMT está sem sistema informático pelo que não podem atender ninguém terão que aguardar que venha ou vir outro dia. 

 

Então guardamos a senha e vamos a correr para as finanças, ainda conseguimos aproveitar o dia. Tirada a senha temos vinte pessoas à frente. Não há stress damos uma corrida à segurança social que ainda dá tempo. Chegado lá e tirada a senha temos trinta pessoas à frente. Boa, ainda bem que ainda dá tempo de ir ao centro de emprego. Chegado lá não há sitio para estacionar deixamos o carro a cascos de rolha e vamos avenida abaixo a pé. Tiramos senha e temos vinte e cinco pessoas à frente.

 

Não está mal, não senhor sendo assim está tudo controlado, corremos avenida acima e voltamos ao IMT. O parque de estacionamento está vazio é bom sinal, ou não. O segurança diz que ainda continuam sem sistema. Voltamos às finanças. Chegado lá já só faltam quinze pessoas, ótimo. Corremos à segurança social e reduziu para vinte, e soltamos um lamento, - é pá só andou dez números! - Ao qual o segurança nos lembra que nesta quadra festiva os funcionários também têm o direito a tirar férias assim como o cidadão comum, ao qual quase nunca ninguém se lembra disso. Então podemos voltar para as finanças.

 

Decidimos esperar. Enquanto o tempo passa olho para o meu lado e está tudo a com os telemóveis no facebook a fazer slide pelos posts, porque sinceramente ninguém tem paciência para ler o que os outros escrevem. Lá param de vez em quando para se ver um vídeo engraçado e soltar um risinho só naquela. 

 

Então tiro o meu telemóvel e mato o tempo com um "candy crash", rapidamente perco as vidas todas. Então decido ir tomar um café a ver se o tempo passa. Quando regresso já tinha passado a minha vez por um. Abordamos a senhora do balcão meio desesperados a perguntar se temos tolerância de senhas que já ali estou à umas quatro horas. A senhora diz que me atende a seguir.  Ufa, estamos safos. Das fianças estamos despachados esperamos voltar só para o ano.

 

Corremos para o centro de emprego sem nos apercebermos que já era quase hora de almoço. A senha lá já tinha passado, não adianta ir chatear a cabeça da menina do balcão que a tolerância já passou à muito, só resta tirar nova senha... e correr para a segurança social ver o panorama das festas.

 

Como é hora de almoço o serviço passou de lento para parado e ainda dá para ir ao IMT. Não, o sistema não vem hoje só amanhã.  Boa tanto esforço para nada, amanhã teremos que voltar para o IMT, então que se lixe a segurança social, vamos lá também amanhã... ou para o ano, quem sabe. 

 

 

Presépio faz-se ou não!

Dezembro 21, 2017

Ricardo Correia

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Ainda em jeito de delírio de ornatos natalícios, o extra à árvore de Natal em muitos lados, é o presépio. Ouvi dizer que era uma tradição que se estava a perder ao longo dos anos. E porque será? 

 

De facto até à uns anos atrás lá em casa também se fazia o presépio, até a nossa Ema desatar a brincar com as figuras do menino Jesus, da Maria e do José. 

 

A certa altura já o menino Jesus estava vestido porque não podia estar nu, a vaquinha e o burrinho eram postos na rua junto com o cão da Barbie, e o José tinha que ir às compras no carro do Ken porque o menino Jesus não tinha nem um biberão, nem uma chupeta. E se ele desatasse a chorar a meio da noite como era? A Maria também não tinha cozinha para fazer o jantar nem mesa de jantar, portanto tinha que se convidar todos os pinypons para ajudar nas tarefas domésticas, e trazer também os barriguitas para fazerem companhia ao menino Jesus. Já agora tinha que se trazer também o berço do nenuco que era mais giro do que a manjedoura.

 

E porque raio o terraço da casa do menino Jesus não tem nada? Vamos por aqui umas flores e um jardim para ficar mais alegre, com umas espreguiçadeiras e uma piscina, como tem a barbie que é muito mais giro. Já agora trás também a churrasqueira para o José e o Ken fazerem um churrasco, e acaba tudo numa grande party. 

 

 

Agora nasceu a Bia e também é uma mexe em tudo. Então lá está, para o presépio ficar todo desmanchado logo no primeiro dia... percebe-se o porquê de a tradição estar a desvanecer. 

 

À malta que gosta de espalhar luzinhas por todo o lado. 

Ter a casa decorada com arranjos de natal até fica bastante alegre. Agora, não entendo o porquê de se estenderem até às varandas!

Será que ficaram parados naquele reclame de 1980 dos chocolates regina, em que o avô contava uma história à neta e esta termina com a célebre frase, "o Coelhinho vem com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo". 

É por isso que decoram as varandas como se fosse um circo? É para ver se o pai Natal aparece com o coelhinho e com o palhaço?

 

Mas no meu tempo o Pai Natal descia pela chaminé!  Também foi uma coisa que sempre me intrigou, como é que um barrigudo daqueles cabia na chaminé, entrava e saía, e ninguém dava por nada! 

E ainda por cima, pelo caminho, ainda comia as bolachas e o leite antes de se ir embora. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É como o padre na Pascoa que à medida que passa pelas casas das pessoas vai comendo que nem um desalmado.

Pudera, comer em todas as casas por onde passa... não admira que tenha uma barriga daquele tamanho.

Imaginem se fossem "Irish Pubs" seguidos uns aos outros... lá se iam as prendas.

Em busca de umas sapatilhas perdidas no cérebro.

Dezembro 19, 2017

Ricardo Correia

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Andava ás voltas no shopping, em busca de uma prenda para a Cláudia, que esta me tinha pedido. Curiosamente ela pediu-me umas sapatilhas novas.  Até achei bastante interessante o desafio, de comprar algo de uso pessoal, mas para uma mulher. Ora, não deve haver nada mais fácil do que escolher umas sapatilhas, certo? Até porque sei o número que ela calça, e quanto a gostos também não devo ter grande problema, porque como homem que sou, domino perfeitamente essa tarefa. 

 

Ás páginas tantas, olhava para as montras para ver se tinham sapatilhas em destaque e se me enchiam as medidas. Ao fim de três montras e três lojas, e de não encontrar nada que me agradasse, à medida que ia avançando no shopping o meu cérebro puxava-me para olhar para os pés das pessoas que passassem. 

 

Então, já via sapatilhas por todo o lado, acho que estava mesmo a sufocar com tanta sapatilha à minha volta. E o mais engraçado é que ninguém trazia sapatilhas iguais. Eram todas de estilos diferentes e cores diferentes. Nunca pensei que pudesse haver centenas de sapatilhas a passear pelo shopping áquela hora para me dificultar a tarefa.  Já dava comigo próprio, em conversa privada com o meu cérebro: "ehh, aquelas são feias... ; não, ela não calçava aquilo... ; credo, que cor mais horrorosa... ; não, também não gosto...." ! 

 

Desta feita cada vez que entrava numa loja e via todo o arsenal de sapatilhas, que tinham nas prateleiras, inconscientemente já olhava também para os pés que circundavam por ali à minha volta. 

 

O pior de tudo, foi que quando saí de casa, já trazia as sapatilhas que eu queria comprar desenhadas no meu cérebro, mas parece que até agora ainda ninguém se lembrou de as fabricar. Esse é que é o problema maior. 

 

Como também sou um sovina de primeira, não me deixo vencer tão facilmente pela etiqueta do preço. Preciso bater com a cabeça em alguma parede e ficar doido, para dar por umas sapatilhas os preços exorbitantes que as lojas dos shopings pedem. Eu sei que pedir não custa, e eles também têm as rendas exorbitantes para pagar da loja, à administração do shopping, mas à certos preços que já considero furto.

 

"Ridiculousness  that much?", Sim deveras ridículo. Quando voltei a mim cheguei à brilhante conclusão que escolher calçado para mulheres é impossível.

 

Quem sabe se para o próximo Natal me coloco novamente nessa aventura! 

Divagando sobre arvores de natal

Dezembro 18, 2017

Ricardo Correia

Existem n variedades de árvores de natal, como sabem. O significado delas é algo em que me ponho a pensar.

 

Eu pessoalmente gosto delas coloridas. Bolas coloridas, fitas qb e claro muitas luzes de preferência multicor. Alegria minha gente. É uma árvore já preparada para a passagem do ano. Estamos em contagem decrescente para a folia. 

 

Temos aquelas árvore de Natal só com bolas vermelhas. Essas, são para pessoas quentes e apaixonadas, e que estão naquele primeiro Natal, em jeito de romance e lua de mel. A árvore serve de cenário para beijos calientes de fogo e paixão!

Ou então não... são só usadas para publicidade de grandes empresas, ou centros comercias. Que geralmente têm pinheiros até ao teto mas depois na decoração é só vermelho e pronto está bom. Podiam por também uma bolas brancas só para emenizar a vista. Muito vermelho também enjoa não? E depois as lâmpadas são só brancas. Não têm graça nenhuma.  

 

 

Depois temos as árvores de Natal só com bolas azuis já para um ambiente mais frio e agreste. Para pessoas ao estilo de Ebenezer Scrooge. 

Aquelas árvores todas brancas só com lâmpadas azuis acho um pouco deprimente. Sinceramente a única coisa que me vem à cabeça quando vejo uma dessas, é recuar aos anos 80 e começar a dançar break-dance ao ritmo do tom psicadélico dessas lâmpadas a flashar. É fazer da sala uma dance floor e quebra ossos. 

 

Não entendo o porquê daquelas árvores lavadas com lixívia! Até porque no nosso país é raro nevar no Natal! Então aqui para os nossos lados essas árvores que perderam a cor, não fazem grande sentido. Elas próprias se devem sentir descriminadas e revoltadas, e qualquer dia fazem uma manifestação porque querem a sua cor de volta. Até porque a neve em cima dos pinheiros é algo que tende a derreter e com algumas sacudidelas ao sabor do vento, conseguem se ver livres dela, não? 

 

Também temos as árvores metálicas para os fãs do metal. Em que a árvore está toda decorada de prateado. Este tipo de árvore é uma desgraçada de segundo plano que tenta, tenta, tenta... todos os anos a fio, mas nunca consegue chegar ao ouro, por isso leva com a prata.

De qualquer das maneiras a gente incentiva com a mítica frase "pró ano é que é!"

 

E claro, para as rainhas e reis do natal as árvores todas douradas. Muito ouro, à espera dos três reis magos, que tragam de preferência muitos €uros, nem que seja nas prendas da moda que são as raspadinhas de Natal. Não sabem o que oferecer? Não há problema, é tudo corrido a raspadinhas, consoante o preço, maior é o tamanho, maior a desilusão de não ter prémio.  A árvore também fica a ganhar e vai ganhando algum colorido porque os boletins das raspadinhas até são bastante coloridos, e podem se ir colocando nos galhos até a árvore ser desmanchada.

 

Depois há aqueles que gostam de decorar a árvore com sinos e anjinhos. Mas as melhores de todas as árvores, digam o que disserem, as melhores das melhores, são aquelas decoradas com figuras do pai Natal em Chocolate .  Os sininhos em chocolate, os anjinhos em chocolate, os duendes em chocolate, e tudo e tudo em chocolate.  Fica a árvore toda bonita quando se acaba de decorar, o problema é que nunca dura até ao Natal, não percebo muito bem porquê!  Sofrem de ataques sistemáticos dos animais, cães e gatos, e da criançada ao estilo do "coisa 1 e coisa 2". 

 

Feliz Natal e não se esqueçam de dar muitas  para todos, antes que vos batam. 

 

A preguiça mental da adolescência

Dezembro 15, 2017

Ricardo Correia

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No outro dia estava a falar com o meu filho mais velho, o Xavier, sobre como também ele podia escrever uma carta ao pai Natal, à semelhança da irmã Ema e de mim, que ambos já escrevemos as nossas cartas ao Pai natal. 

 

A primeira reação dele foi logo -"Really" !, Pai? A sério! - Como quem diz que já passou dessa fase à muito tempo. 

 

- "Really you silly" ! Sério , sério, porque não? Era fixe. - Tentei puxar pelo seu lado mais criativo. - Eu e a Ema fizemos e foi giro.

- Está bem, vou pensar nisso. - Despachou-me com uma pinta monumental. 

Então passado um tempo apareceu-me com uma folha de papel escrita a lápis que dizia o seguinte:

 

Pai Natal, 

Sinceramente não sei o que quero, por isso podes me trazer qualquer coisa. 

Obrigado,

 

Uou,  fantástica carta ao Pai Natal, sim senhor! É inacreditável a preguiça mental deste miúdo!  Claro que contestei logo, que isto não

preguica-mental.jpg

 

era trabalho que se apresenta-se, queria mesmo algo mais elaborado, porque não se apresenta um texto de uma linha, tirando o título e a cordialidade. Confrontei-o com um "e se fosse um trabalho para a escola,de Português por exemplo! Como fazias?"

- É que sinceramente não sei o que escrever nem o que pedir! - Disse aborrecido.

Esperem lá... acho que agora já não se diz aborrecido. Diz-se seca! 

- Xavier alguma coisa deves querer! - Exclamei eu - Puxa pela imaginação.

Passado mais algum tempo aparece com o mesmo papel escrito a lápis com um pseudo texto escrito.

 

Pai Natal,

Eu sei que neste Natal as minhas notas nem foram assim tão boas, como no ano passado. Podes fechar os olhos a isso? 

Então para este Natal podes trazer, um computador portátil, ou um tablet, ou então um jogo para a playstation. 

Também podes-me trazer um livro do "Cherub: O traficante volume 2", e da saga "Five nights at freddy's: the twisted ones".

Decide tu!

Obrigado,

Xavier

 

Uou,  mais uma fantástica literatura portuguesa para juntar à anterior! 

Mais uma vez prevaleceu a preguiça mental.  Conseguiu ampliar o texto de uma linha para duas. Já é um começo inovador. 

 

E observando bem a pedinchice consegue-se ver que, para quem não sabia o que pedir, não foi nada meigo não senhor. 

"UM PORTÁTIL!" , até engoli em seco! Vai lá vai.... "Um tablet!",   Está bem baratinho o rapaz, a pedir esta, está! 

 

Quem sabe, se com o tempo não o consigo ir motivando para a escrita. 

Porque já para a leitura foi uma guerra tremenda, que eu e a mãe travamos com ele, para ler mais.

Felizmente conseguimos despertar-lhe o bichinho e ele agora é o primeiro a pedir para comprar livros.

 

"Toma, bai buscar, ganhámos"! 

 

 

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