"The Good Doctor"

Esta série que começamos a ver passa no AXN às quartas-feiras no horário das 23:00.

O enredo anda em torno de um estagiário candidato a cirurgião no hospital San José St. Bonaventure. o Dr. Shaun Murphy (Freddie Highmore) é o actor principal que sofre de autismo e sindrome de savant, e que por sua vez é um prodígio da medicina. A série leva-nos a ver a mente do Dr. Shaun e como com a sua genialidade consegue resolver as questões dos pacientes e de intervenções cirurgicas mais complicadas, apesar da sua enorme dificuldade para comunicar com os outros. Ao longo dos vários episódios vai-nos remetendo para flashes da infância do Dr. Shaun Murphy, e em como ele fugiu de casa com o irmão e mais tarde, este acaba por falecer ficando Shaun sozinho no mundo.

O que mais me cativou nesta série exemplar, é precisamente a originalidade do enredo, que mistura o médico autista que sofre de diversos preconceitos dos outros médicos e de alguns pacientes, e como ele consegue superar tudo isso com uma humildade tremenda. Para não falar também de que a própria série nos dá uma lição enorme sobre o nosso corpo humano e sobre medicina. As cenas da sala de operações e as cirurgias são absolutamente fantásticas. 

Aconselho vivamente para quem ainda não acompanha a série, a segui-la.

Cá por casa como a série passa um bocado tarde, agendamos a gravação na box e ao fim-de-semana é garantido. Já vai agora para o quarto episódio mas ainda vai muito a tempo para a começar a ver. 

Parece que desta é que chegou o frio a sério. Chegou o tempo das mantas polares e da lareira, duma boa série ou dum bom filme e uma bebida quente. Mas quem é que foi o idiota que inventou o trabalho no inverno. Ah sim, deem-lhe um prémio. Que tal um iceberg, para prémio de consolação, era bom não era?

Quando o despertador toca de manhã parece que desaba o mundo, só queremos o aconchego dos edredons e dos cobertores. Se estamos lá tão bem no quentinho, porque nos obrigam a vir para o frio? Ai quando eu for reformado... Aí é que vai ser... Sem horários, sem rotinas, só o aconchego dos cobertores e relax, ou será que não? Estarei a sonhar alto?

Bem, pensando bem e fazendo uns cálculos matemáticos rápidos, se temos três filhos agora, quando eles forem adultos, se todos eles tiverem pelo menos dois filhos que é a média... Humm, hammm estamos feitos! Vamos ter cerca de seis netos. Oh não! Lá se vai o relax. Tirem-me deste filme. Em vez de uma carrinha vou ter que comprar um autocarro. Pois é. Então quando formos passear algum lado vejam lá, os putos, já adultos mas que serão sempre putos, mais as suas respetivas namoradas são seis, se algum deles já tiver filhos... meu Deus, é um filme de terror!

Será que depois de reformados ainda vamos andar neste corrupio doido de um lado para o outro com a pequenada? Será que ainda vamos continuar com os mesmos horários parvos de levantar cedo aquela mesma hora do costume, arranjar-nos para sair, fazer o pequeno almoço, levar a miudagem à escola, e se for os netos mais os amigos dos netos? Pois é melhor mesmo comprar um autocarro...

E os fins-de-semana passados no sofá no quentinho de lareira acessa só para causar bom ambiente. Eu e a Cláudia no quentinho debaixo da manta...

E os putos todos à nossa volta a fazer grande algazarra, uma barulheira infernal, cabeças a passear à frente da televisão, legos a voar, barbies a conversar com kens... Que maravilha!

Vá vamos passear e aproveitar o sol de Outono! 

Acho engraçado, aliás deveras engraçado!

Estão a ver aquele tipo de pessoas que se dirige a um serviço para obter informações? Mas que na realidade já vem com a lição toda estudada porque houve uma amiga da amiga do amigo que lhe disse que era assim! E quando nós que trabalhamos nesse serviço à uma carrada de tempo, levamos com um rótulo de ignorantes e incompetentes, porque aqueles que não trabalham nesses serviços, e não têm a mínima noção de como a coisa funciona, acharam-se no direito de dar informações erradas e eles é que sabem?

O mais engraçado é que depois as pessoas revoltam-se connosco quando lhes dizemos algo diferente daquilo que estavam à espera de ouvir. Tratam-nos mal, são teimosos, burros, arrogantes e mal-educados. E como se ainda não bastasse, têm de ouvir a mesma informação de vários funcionários, e só assim, é que ficam totalmente convencidas, de que afinal quem lá trabalha é que sabe do assunto, e sabe mais do que quem não trabalha lá. Acho isto espantoso! Quando apanho um fulano assim só me dá vontade de rir na fuça dessa pessoa sábia, e ainda ficar-me a rir à grande quando este sai porta fora. Vou fazer o quê chorar? Só se for da estupidez humana.

Porque acho incrível a falta de humildade de certos seres humanos. Dá vontade de os mandar à merda, mas que por boa educação e respeito não o fazemos, e dizer "- Quer fazer assim? Então faça. Depois quando o processo vier recusado vá tirar satisfações com a sua amiga"; "Ai gastou dinheiro em vão?"; "Olhe temos pena, faça as coisa como deve ser!"

E depois ainda há aquele tipo de pessoas que se acha no direito de ir dar ordens para os serviços. Que devia ser assim, devia ser assado... Eu não vou a casa de ninguém dar ordens pois não, porque veem para a minha? Não lhes digo que deviam ter o sofá virado para a parede, ou o tapete da entrada é feio como o raio devia sair, ou que têm de arrumar o guarda-fatos que está desarrumado... com as cuecas espalhadas e as meias não estão dobradas em bolinha!

Enquanto o ser humano não se começar a respeitar, este país não anda para a frente. Já dizia um amigo meu... "Na minha casa? Na minha casa mando eu."

É caso para perguntar. Será que temos disposição ou até mesmo vontade de atender gente parva, que acha que só resolve tudo a barafustar, a reclamar e a ofender? 

Da minha parte não. Já dizia uma outra amiga minha. " Para parvos? Parvo e meio."

É a vida!

Neste antro húmido do medo

Surge a escuridão que tanto temo.

Os ruídos miudinhos,

Os passinhos curtinhos.

O ranger de fininho,

Arrepiante ermo.

No vácuo, na sombra.

Cai em ti!

Clamo pelo senhor de negro

De manto gélido, e foice erguida

Queres-me levar para o teu céu?

Nobre cínico ermida.

Rogo-lhe eu, num suplico mudo.

Triste sina que me bateu à porta.

Não tenho gado, não tenho horta.

Só me resta esperar pelo meu amo,

Na incumbência patriota.

Na luta contra o desumano.

Regedor satânico, Cipriano...

Mas de que me serve,

Esta mundial latrina?

Este esgoto perfumado!

Este ouro, este “el dourado”.

Acabou o ser abençoado.

Afasta-te de mim...

Hipocrisia social,

Do bem na luta contra o mal.

Então lutas sozinho

Pois o mal prevalece.

Há mais ódio de que mar.

Há mais guerra do que luar.

E ninguém se apercebe

Do que está prestes a acabar.

Sismos arrepiados vulcânicos,

Lavas ardentes abençoadas

Chuvas ácidas destroçadas.

Começou a ira dos satânicos.

Lê a Bíblia sagrada

Estuda o Alcorão.

Qual dos dois tem razão?

Acabou... A união, a ilusão.

- Ora muito bom dia. Posso ajudar?

- Bom dia, olhe não sei se pode, não.

- Diga-me o que vem tratar?

- Venho tratar de um assunto.

- Sim, pois vem. Porque senão não estaria aqui!

- Certo por isso é que eu vim.

- E então que assunto é esse? 

- Um assunto meu...

-  Ah pois tou a ver. Tou a ver. E tem a haver com quê?

- Ora tem haver comigo, ora bolas. 

- Certo... E é só consigo?

- Sim, sim. Humm comigo e não só!

- Então com quem mais? Assim é muito vago.

- Vago! Olhe e você é um bocado obtuso.

- Bem vamos la ver.  Ou você me adianta o assunto que vem tratar ou assim não nos entendemos. 

- Então a falar é que a gente se entende. Ainda há pouco lhe disse que vinha resolver um assunto. 

- Sim, mas aqui trata-se de muitos assuntos. Tem de especificar o que é que pretende.

- Queria saber se o meu assunto já estava tratado. 

- Mas já cá tinha estado antes? 

- Ó meu caro amigo... Toda a minha vida aqui vim. 

- Lamento mas não me recordo do senhor. 

- Pois é assim, andam sempre a trocar os funcionários é o que dá.

- Mas olhe que eu já aqui estou as uns anitos... 

- Não que eu nunca o vi por cá.

- Então e o assunto...

- Pois é disso que eu tou a espera que o senhor me diga.

- O senhor é que veio aqui. Para eu o poder ajudar tem que dizer o que vem tratar.

- Mas ainda agora lhe disse que venho tratar do meu assunto.  Raios que até me enervam.

- Bem vamos por outro lado...  Tem o seu cartão de cidadão.

- Tenho sim senhor. Faça favor aqui está.

- Obrigado. Vamos la ver...  Humm depois de consultar aqui o sistema informático vejo que não existe nenhum processo a decorrer em seu nome!  Estará em nome de outra pessoa? 

- Como é que quer que eu saiba o funcionário é você. 

- A sua esposa está consigo? 

- A minha esposa anda sempre comigo.

- Posso ver o cartão de cidadão dela para ver se há algum processo a decorrer em nome dela?

- Não não pode...

- Não posso! 

- Não porque a minha esposa já faleceu. Ela esta sempre comigo em espírito.

- Olhe lamento nas não o consigo mesmo ajudar assim. 

- Isto é uma tristeza uma pessoa perde tempo a vir para os serviços para não resolver nada. Inacreditável! 

Uma Conversa de Malucos!