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3 em Linha

-Blog familiar é só entrar com boa disposição- 😉

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O que é isto que estamos a comer?

Maio 02, 2020

Ricardo Correia

Carne de Vaca.jpg

Lá estávamos nós sentados na habitual mesa redonda da sala de jantar, que serve também de "mesa de conversações" estapafúrdias. E um tanto ou quanto idiotas. É que... vindo de três estarolas a divagar nos mais diversos assuntos, já se sabe como é!

 

Em mais uma daquelas conversas casuais durante o almoço, a risada foi o prato principal. 

 

 

Na TV estava a dar a vida selvagem, e naquele momento os leões juntavam-se para decidir o que jantar no meio da selva. Após seleccionarem a sua presa atacam ferozes sem dó nem piedade. 

 

Ema - bolas não gosto nada de ver isto... Coitadinho do elefante bebé... Agora vai ser comido pelos leões. 

 

Xavier - Então Ema já se sabe como é! Eles comem carne. Querias o quê? 

 

Ema - Olha podiam comer fruta, sei lá. Era melhor. 😁

 

Xavier - fruta... Ema! Os leões? Já viste o tamanho deles para se alimentarem a fruta? 😄

 

Eu - É... Podiam comer côcos... 😉

 

Ema - até eram mais saudáveis. 😊

 

Xavier - Nós também comemos carne Ema.

 

Ema - pois, eu sei. O quê é que é isto que estamos a comer? 

 

Eu - Carne de vaca. 

 

Ema - hum... Carne de vaca! Então se é carne de vaca... Onde estão as manchas?

 

Risada geral. 😄😂

 

Ema - Então as vacas têm manchas... Não é! 🤔

 

Eu - As manchas das vacas é só na pele, Ema. Não vem com a pele no talho. E a carne já está cozinhada pelo que nunca ias ver as manchas. 😄

 

Ema - 😄 então podia-se ver, sei lá...

Um telefonema deveras arrepiante

Abril 20, 2020

Ricardo Correia

Beatriz.jpg

Esta quarentena pela qual estamos a passar, obrigou a mudança de rotinas lá em casa. Os miúdos estão isolados em casa a fazer cabelos brancos à mãe, que embarcou com eles neste episódio. Isto de ser mãe multi-tarefas é complicado. É mãe, professora, explicadora, animadora, desenhadora, pintadora, brincadora, cozinhadora, confinadora, ginásticadora,  arrumadora e tantas outras coisas acabadas em dora.

 

Eu, infelizmente continuo a trabalhar. Afinal de contas alguém tem que ajudar a economia a ir para a frente!  Claro, que quando regresso a casa vou sempre com o coração nas mãos, com medo de lavar algo indesejado comigo. Isto de uns estarem isolados e outros terem que continuar a andar por aí, faz-me uma confusão ao cérebro que ninguém imagina. 

 

Estava eu a bolir afincadamente a ganhar calo no traseiro, confinado ao meu barraco de cinco metros quadrados, com duas secretárias, um computador e dois monitores, assim a modos que à patrão... mas sem o ser. E que mal a gente se consegue mexer lá dentro, quando sou surpreendido pelo toque do meu telemóvel. Lanço um olhar de relance para o visor que se iluminou com a receção da chamada e vislumbro o rosto da Cláudia no ecrã. Atendo normalmente. Contente com aquela voz que me fala,  quando ela me elucida de que afinal está meramente a fazer o papel de telefonista e intermediária.

 

Cláudia - Olha. A tua filha mais nova quer falar contigo. 

Hum!  Franzo o sobrolho desconfiado com o que aí vem. Para a pirralha querer falar comigo não deve ser coisa boa!

Eu - Olá bebé! Estás bem? - Pergunto eu sem esperar uma resposta.

Ouço uma voz toda divertida do lado de lá.

Beatriz - Olá papá. Olha - Dispara logo ela sem me deixar falar mais nada - Quando voltar à escola vou casar com o "Nuarte" 

Eu Como é ?! 

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Beatriz - Sim... Olha ... o Nuarte vai ser meu marido! 

Eu Então... Mas Ainda nem perguntas-te ao rapaz se ele quer namorar contigo, quanto mais casar. 

Beatriz - Ele quer. E vamos casar... Na escola. 

 

Do outro lado dava para ouvir a mãe a rir à gargalhada, enquanto eu tinha um ligeiro enfarto do miocárdio. A minha barraca ficou completamente enevoada enquanto eu fumegava das orelhas.

A conversa morreu logo por ali porque ela despachou-me logo passando o telemóvel de volta à mãe.

 

Eu - Isto da quarentena está a deixar tudo maluco. Nem os putos se salvam... 

Cláudia Dava tudo para ter visto a tua cara naquele momento.  

Eu - Mas o que é que lhe deu nessa cabeça? 

Cláudia - Então ela anda aqui a brincar aos maridos. O ursão grande é o marido dela. Depois saiu-se com essa.

Então não resisti e disse-lhe que ela tinha de te contar isto. Ah! Foi tão engraçado... 

Eu - Ok! Ao menos alguém que se divirta... - Disse entre dentes - Nem que seja com a minha fronha feia! 

 

Os ovos caseiros

Abril 11, 2020

Ricardo Correia

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A Cláudia decidiu aventurar-se na cozinha, na confecção de um folar da Páscoa, depois de vasculhar no Dr. Google os planos secretos de tal iguaria.

 

Como em todos os planos bem preparados, estes carecem de meses infindáveis de preparação e no fim de contas acabam sempre por se perderem nos imprevistos.

 

Claro que não foi o caso... Tudo correu na perfeição!

Foi sim, não vou mentir ou este filme não se passava nesta família! Após o início da preparação da coisa a Cláudia verificou que não tinha açúcar nem farinha suficiente. Então sobrou para mim, e acabei por ganhar uma viagem grátis a penantes até à mercearia mais próxima do desenrascanço, ou como quem diz, a mercearia do bairro.

 

Chegado a casa quase a desfalecer depois de alguns metros a andar a pé, e carregado até aos dentes com um saco de 5 kg de farinha, não fosse ela dizer que um pacote não chegava e levasse com a bomboca de lá voltar decidi logo prevenir-me e de açúcar e ovos. Embora estes últimos não faziam parte da lista mas vieram por acréscimo.

 

Dirigi-me à cozinha onde a Cláudia e a Ema me aguardavam ansiosamente.

 

Eu - Já cheguei. Trouxe a farinha e o açúcar. Os ovos foi a Dona Fernanda que me ofereceu. Encontrei-a na mercearia e ela disse que também lhe tinham dado e como tinha muitos, deu-me esta caixa.

 

Ema - Mas estes ovos são brancos! O mãe porque é que estes ovos são mais brancos que os outros?

 

Cláudia - Porque são caseiros, filha.

Ema - 🤔 caseiros! Então... Foi ela que os fez?

Cláudia - 😄 o Ema a sério?

Ema - Então... Pensava que era tipo... Como os bolos feitos em casa são caseiros, então para os ovos serem caseiros, tas a ver... ☺️

Cláudia - Não foi a senhora que os pôs. As galinhas é que são caseiras, tola.

 

Lá meteram a mão na massa até chegar à parte de colocar os ovos no topo do bolo.

 

Ema - Então mas põe-se os ovos com casca?

Eu - Claro filha. A casca é que dá o sabor. Como vai ao forno depois a casca é uma maravilha. 😋

Ema - Hã. Como é! Vamos comer a casca.😝

Cláudia - O filha não ligues ao teu pai que ele está-te a baralhar o cérebro. Depois descasca-se os ovos não é?

Ema - oh! eu vi logo que não podia ser assim... 😄

Umas velas de aniversário bem lavadinhas

Novembro 22, 2019

Ricardo Correia

Ontem, 21 de Novembro foi o aniversário do Xavier. O nosso pré-adulto completou os 17 anos. 

 

Como ele não é rapaz para grandes alaridos, fez-se um jantar pequeno em família, como de costume. Seguido das sobremesas e o respetivo bolo de anos, com o cantar dos parabéns e a entrega das prendas e, todo aquele ritual alusivo aos aniversários. 🎂

 

Também não convém que ele se estique muito no pedinchar das prendas, até porque o Natal está mesmo aí a chegar. É uma desvantagem daqueles que fazem anos perto do Natal, os pais dizem sempre "não peças muita coisa que logo logo é Natal".  Logo Logo estão a ver? Temos pena! Ninguém o mandou nascer antes do tempo! Porque ainda faltavam umas semanas para ele saltar cá para fora. Mas o bacurinho estava com pressa! É que assim, tinha mesmo nascido bem pertinho do Natal, e aí é que não levava mesmo prendas nenhumas. 😂 Só no Natal! Brincadeirinha, claro que não.

 

Terminada a festa toca de levantar a mesa e arrumar a bagunça. Eu atribuo a mim mesmo a tarefa árdua de arrumar a louça na máquina. Gosto de a pôr à minha maneira. Sabem quando parece que temos um manual na nossa cabeça e o seguimos à risca? Os copos ali, os pratos assim, os talheres assado. Ah, os talheres... Esses não se podem arrumar à toa, não não! Eu dou-me ao trabalho (qual maníaco-o-depressivo) de colocar os garfos todos juntos, as facas todas juntas, as colheres todas juntas, as colheres de café naquele quadrado do meio do cesto todas juntas, e por aí adiante. Já perceberem a cena triste, não já? Pois é... como eu costumo dizer... nasci assim, não tenho culpa! Ou como dizía uma amiga em tempos para mim... "Quando o juízinho vier, já não o apanha cá!" 😄 

 

Ontem segui como sempre o manual à risca. A máquina estava ali toda arrumadinha e pronta a pôr a lavar, quando observo em cima da banca as velas do bolo de aniversário do Xavier, todas besuntadas de massa e chocolate nos pés. Eis que me ocorre uma ideia deveras brilhante!

 

Mas porque raio hei-de eu estar a gastar água a lavar as velas à mão, se tenho aqui a máquina prontinha a lavar? Pensei eu para com os meus amigos botões, grandes conselheiros da idiotice. E assim fiz. Agarrei nas ditas cujas e coloquei-as no compartimento dos talheres do café. Ora ai está ela, agora sim completa e prontinha a lavar. E lá vai disto segue a marcha.

 

Passado um tempo a máquina pára, ao fim de realizar a sua grandiosa tarefa de nos poupar tempo e trabalho. Só acho que ela falha naquela parte final... é  que já agora podia arrumar a louça nos armários também! Mas enfim, não se pode ter tudo. Arrumo eu então toda a louça, também esta com uma ciência exata no sitio certo, e sigo para a parte dos talheres. É que nesta fase de atirar com os talheres para a gaveta nos diversos compartimentos, como ela no cesto da máquina já está dividida é só agarrar no monte e atirar para dentro da gaveta. Simples, rápido e eficaz! 😁

 

Mas nisto eis que me lembro? As velas! Onde raio foram parar as velas? Simplesmente desapareceram! 😮

Será que a máquina tem uma porta do cavalo e elas piraram-se para outro bolo? Pensei eu. Fui à maquina novamente e vejo se elas não terão caido para baixo do cesto. Ou perdidas pela máquina, ou enfiadas no filtro. Mas nada! Nem sinal algum das velas. Será que tenho que chamar a policia para participar um desaparecimento! 🤔 Não posso porque temos que esperar 48h até eles poderem ir procurá-las em parte incerta. 🙄

 

Não acredito nisto! Tenho que me armar em detetive e resolver este mistério! 😎 Vou novamente ao cesto dos talheres e observo bem o sítio onde tinha colocado as velas para lavar. Viro e reviro o cesto de cabeça para baixo e eis que... 🤗 tcharam... Encontrei... o pavio. 😱 Lá estavam os dois fiozinhos das velas enrolados ao cesto dos talheres, tristes, sós e nús. 😟 Despidos da sua veste branca como a neve, deprimidos como uma noiva sem o seu vestido de princesa! A cera da vela derreteu cano abaixo, abandonando o pavio à sua sorte. Oh! Triste sina a de um pavio. 

 

Portanto caros amigos, acreditem em mim quando vos digo por experiência própria. Quando quiserem que as velas dos bolos de aniversário fiquem bem lavadinhas, transparentes diria mesmo, quase cristalinas... é porem-nas na máquina de lavar louça. 😉

 

 

Uma escapadinha até ao "Jasmim Doce" Cascais

Novembro 04, 2019

Ricardo Correia

A Ema no outro dia apareceu em casa com um bloco daquelas rifas impingidas aos miúdos na escola, para angariação de fundos para as festas de final de ano e outras coisas que tais, para vender.  Pelo menos lá em casa sempre foi assim, acabamos sempre por ficar com o bloco, porque não temos paciência para andar a vender aquilo, verdade seja dita!

 

Fiquei logo danado da vida e a barafostar cobras e lagartos da má sorte que sempre tive ao jogo, e por ter que ir gastar dinheiro com aquilo. Não me apetecia nada ficar com as rifas, mas a Cláudia disse logo à Ema que lhe dava o dinheiro para levar á professora.

Claro que pela boca morre o peixe, assim diz o ditado. Foi precisamente numa dessas rifas que lhe saiu o segundo prémio, nada mais nada menos, que um pack da "lifecooler". Uma escapadinha de 3 dias. Que sorte! 

 

Cláudia - Agora vou sozinha! 😛 Não querias comprar as rifas, agora ficas em casa! 😊

Claro que protestei logo. Isso é que era bonito, agora ir sozinha! Está bem está! Leva-me atrelado e é se quer. 

Parece que foi um sinal divino, ter-mos ganho este prémio, até porque já andávamos a planear uma escapadinha a dois à imenso tempo e acabávamos sempre por adiar. Já não nos lembrávamos da última vez que tínhamos ficado sem os bacurinhos.

 

Mas desta vez é que foi. Será que isso nos torna maus pais? Vamos ficar com um sentimento de culpa e remorsos por eles ficarem com os avós? Claro que aturar os avós não é fácil, por outro lado, os avós aturarem os netos também não! Bom, aturem-se uns aos outros e não bufem! 😄 Até porque foram os astros que decidiram por nós. 😇

 

Como a lojística de levar a tralha toda dos bacurinhos para casa dos avós era loucura, era como levar o buda a Marte, achamos por bem fazer ao contrário. Assim, também aos avós saiu a sorte grande e foram eles a passar o fim-de-semana lá a casa. Assim os putos tinham as tralhas deles à mão não embirravam. Livrá-mos os avozinhos de terem um esgotamento nervoso e de uma outra nova estadia desta vez no sanatório.

 

"Jasmim Doce" Cascais

Fizemos a reserva diretamente com os proprietários, através de email. Foi cómodo, fácil e rápido.transferir.jpg

Quando lá chegamos ficámos encantados com a casa. Toda ela de traça antiga. Fizeram questão de preservar o estilo rústico, o que a nós nos agradou bastante. Fomos bem recebidos, com simpatia e sem cerimónias. Foi-nos mostrada a casa, em estilo de palacete com a sala comum a todos os residentes e a cozinha, que por acaso não utilizamos. Também, com Cascais e Lisboa ali a dois passos e com tanta variedade de restauração, não achamos necessidade de cozinhar ali.

 

A sala é uma autentica viagem ao passado. A decoração é como uma visita a um museu. A lareira em tijolo rústico salta à vista e preenche todo o

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espaço, em conjunto com um mobiliário trabalhado também ele em traça antiga, tornando o ambiente quente e calmo. O tecto todo ele desenhado em relevos de gesso.

 

Os quartos são simples. Embora o chão seja em mosaico castanho escuro e as paredes com um rebordo em azulejo azul, não se torna frio. Os tetos são trabalhados ao centro e em toda a volta uma sanca que esconde a iluminação. Uma iluminação viva que preenche todo o quarto. A varanda que envolve o quarto tem acesso por duas sacadas de batente e vidro duplo, e é um convite a um digestivo tardio antes do recolher, com uma vista sobre o jardim e a piscina que nos transmite tranquilidade e paz. Gostaria que as varandas fossem melhor aproveitadas com uma mesinha de apoio e uma mobilia mais requintada, pois a mobilia da varanda é um pouco pobre, e não faz juz ao resto da casa. A cama é somente uma estrutura de casal, mas peca no colchão. São dois colchões singulares unidos que para aqueles casais que gostam de dormir juntinhos em conchinha não se conseguem encontrar, pois torna-se desconfortável na junção dos dois colchões. Fora isso o colchão é macio e confortável. O wc privado é uma mais valia de privacidade. Moderno com cabine de duche com hidromassagens. 

 

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A zona envolvente é um recanto de paz e tranquilidade. O jardim estava um pouco tristonho e desgrenhado ou não fosse Outono no seu melhor. Quem sabe se no Verão não nos espera uma nova escapadinha. 😉

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