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A voz do fundo

Abril 17, 2018

Ricardo Correia

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Senti-me sem rumo,

Perdido no mundo.
Em vão ouvi a voz
Que me guiava do fundo
Em harmonia com o tempo
O sentimento oco
Agreste e selvagem
Consumia-me pouco a pouco.
A fronteira do universo
Fitei-a no vazio
Tão só quanto eu
Tristonho e frio.
Dei azo às loucuras
Partir sem sentido
Sem respostas puras
Aventurei-me destemido
Para onde ir?
Onde ficar?
Outra vez partir?
Irei voltar?
Voltar a sorrir?
Sempre a mudar!
De lugar para lugar
Renovar o espírito
Conhecer alguém
Preencher o vazio
Ir mais além.
Ter vontade de amar
Alegria e confiança
Novas brisas e mar
São tempos de mudança
Entreguei-me à paixão
Latente no meu ser
Descobri a criação
Visionei o renascer.
A fronteira do Universo
Fitei-a completa
Preenchida como eu
Atingira a minha meta.

Pelo infinito só os dois.

Fevereiro 28, 2018

Ricardo Correia

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Sinto-me sem forças

Para contestar este medo!

A distância que se abre,

O fosso que se cava no enredo.

A barreira que se formou,

Sem diálogo entre nós, tudo mudou!

Entrego-te a mágoa e as recordações

De outros tempos, e o monólogo da tristeza.

Espero rejubilar, porque sempre fui assim

E não tenho remédio algum, perante a natureza.

Deixo-te as cartas porque não te entendo.

Não te escrevo mais. Deixei de ser servo.

Sou incapaz de te desejar

E somente a distância me pacifica.

É nos desígnios do reino Uno

Que me ergo e me purifico.

Rompo o medo, rompo o laço

E sigo o traço da sina.

De continuar somente solo

Nesta minha triste vida.

Em vão consigo contemplar

A destreza de estar só,

Sinto falta do meu par

Da minha metade, do meu nó.

É quando não estás que sei:

Que não vivo, que não respiro,

Que preciso de ti a cada segundo

Que és todo o meu mundo.

Quero envelhecer a teu lado,

Morrer nos teus braços,

Ser um ser presente, amado.

Quero te dar amor e paixão

Jogos de sentimento e sedução.

Anda, estende-me a mão.

Vou deixar o orgulho de lado

E fazer uma confissão.

Ao deitar a cabeça no teu peito 

Voltar a sentir o teu coração,

E dizer-te no teu leito,

Que não vivo sem ti,

Sem o teu amor.

E estou vivo e desperto 

Para me entregar ao nós

E deixarmos de estar sós.

De um amor que se ergue 

Só pela troca de olhares.

Dar azo ao sentimento

E viver no aditamento

De um dia até ao infinito

Sermos sempre só os dois.

Dono da praça

Fevereiro 10, 2018

Ricardo Correia

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Delírios de uma mente sã,
Perturbações de névoa baça.
O florir de uma canção cristã
O entoar duma voz na praça.
O eco constante da liberdade
Estimulo o déspota, a loucura
Na manhã cinzenta, vaidade!
Nas ruas frias emana ternura.
Dá-me o teu ego solidão
Não me raptes do meu espaço.
Sou dono da praça e da ilusão
Fugaz sorriso, meio embaraço.
Um auto de vivência, inocência.
Uma lição popular nunca é escassa.
Solto um hino de fé e resistência,
Mas afinal, sou dono da praça.
Lato murmúrios entre dentes
De uma prosa, em mente sedutora.
E na hora que se avizinha,
Em adeus sigo a marcha redutora.
Esvoaço à praça um adeus murcho.
Cabisbaixo e sem vontade de partir.
Esta minha fiel companheira,
É o meu lar eterno a seguir.

O Deus que te fez mulher

Fevereiro 01, 2018

Ricardo Correia

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Eu mostro-te amor!

Com brilho nos olhos,

E emoção a transbordar...

Agitam-se corpos nus,

Tens tudo para me captar

A atenção, o esplendor.

O espelho da fantasia

No calor da noite fria,

O coração palpitante,

A respiração ofegante.

A paixão em delírio.

As pétalas de um lírio

Esvoaçaram sedosas

Sob as tuas curvas em chama

E todo o teu eu reclama

A pureza, a virgindade

Apunhalada na vaidade.

Entrega-te ao Deus

Que te fez mulher,

Que soube colher

A fruta madura

E te ergueu aos céus

Com amor, com ternura!

As sementes germinaram

Nove meses, sob os véus.

O rebento reclamou

O seu espaço no mundo...

Do negrume do fundo

A luz da alma se elevou

E de um grito mudo ecoou

A doce voz de um novo Deus!

Renascer das sombras

Janeiro 02, 2018

Ricardo Correia

 

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Premeio a devassidão latente em mim.

O asco ardente do meu leito doentio.

A esgana que do meu espírito se apodera.

Do escroto imundo, preso por um fio.

Que raio se passa contigo?

Só tenho olhos para o negrume da vida.

Não dou valor ao que ilumina e brilha

Não me seduz a alegria do teu riso forçado,

Sou casmurro e crítico incontestado.

Sem forças para erguer o património

Que ruiu junto comigo da vitória do demónio.

Ainda espero pelo meu anjo guardião.

Que venha afastar as sombras que me rodeiam

A inveja que envolve o meu semblante,

Que derrubou o trono do meu coração.

Não posso dar um passo sem olhar em redor

Desconfio daqueles que me seguem, ignorantes.

Afasto-os com segura amargues, antipatia...

Quem lhes deu autorização, seus reles petulantes.

Sim! Porque eu sou um nobre burguês.

Sou uma força de maior, superior á raça humana.

Agora, auto incentivo-me, apoio-me á minha voz,

Dou azo á minha falsa imaginação que me imana.

Mas deixo cair por terra o manto que me cobre.

Mostrando ao mundo o que realmente sou.

Um bastardo da ralé, sem teto, sem terra.

Algo de abominável, criatura horrenda,

Em troca de um punhado de latão...um sabão

Que possa lavar a minha alma, da neura que me cobre.

Do lixo que me entope, dos espíritos que me consomem

E não me deixam descansar, chamando-me cada vez mais

Que entre na cova funda e de lá não retorne.

Ergo forças vindas do núcleo da minha alma

Quebro o lado ruinoso da minha sina

Não desejo deixar-me vencer pela neblina

Mas sim viver em paz com o meu espirito.

Não baixo os braços à amargura

Concedo-me três desejos dos astros

Ser feliz, amar, dar e receber ternura.

Porque no fundo sou humano como outros.

E não nasci para morrer na amargura.

 

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